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Quinta-feira - 15 Maio 2025

Open House: “Lisboa revela as arquiteturas provocadas pelas transições da cidade”

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Olhando para a transição como o processo que enquadra a mudança, qual o impacto que provoca na arquitetura, expresso em renovações que abarcam diversas funções e valorizam a versatilidade e o hibridismo espacial? Esta é a questão que o Open House Lisboa levanta na sua 13.ª edição, com um programa de visitas e passeios no fim-de-semana de 11 e 12 de Maio, e que ajuda a compreender a complexidade das mudanças em curso na cidade, explorando as continuidades e as ruturas que misturam formas, materiais, métodos, funções e vivências. Ser onde nunca foi, passar a ser, voltar a ser, deixar de ser.

Vai decorrer um Press Tour Open House Lisboa, na Terça-feira, 30 de Abril, pelas 11h da manhã, marque a sua presença até 26 de abril, na Open House Lisboa, entre 11 e 12 de maio. Desvendamos aqui nove espaços que integram o programa de visitas: O monumental campus do LNEC — Laboratório Nacional de Engenharia Civil que ocupa uma área de 22 hectares, classificado Monumento de Interesse Público.


A Capela de Santo Amaro. Desenhada pelo autor do claustro do Convento de Cristo em Tomar, é uma obra renascentista classificada Monumento Nacional.
O Santa Clara 1728. Um palacete do século XVIII reconvertido em hotel pelo arquitecto Manuel Aires Mateus.
O Palácio Sinel de Cordes. Foi casa, embaixada e escola, passando agora a sediar um pólo cultural dedicado à arquitectura, uma livraria e uma cafetaria vegana com um projecto de reabilitação do atelier FSSMGN Arquitectos.


O Centro Ismaili. Situado nas Laranjeiras, é um templo religioso de arquitectura imponente e jardins sumptuosos, da autoria de Frederico Valsassina Arquitetos e Raj Rewal Associates.
Teatro Thalia transformado num espaço multiuso, é reconhecível pelo seu corpo massivo de betão pigmentado de terracota da autoria de Gonçalo Byrne e Barbas Lopes Arquitetos.
O Antigo Hotel Vitória. Atual sede do Partido Comunista Português, é um edifício da autoria do arquiteto Cassiano Branco que conjuga a solidez sóbria do Modernismo com o Art Deco.
Galeria Avenida da Índia – Galerias Municipais, um amplo espaço de carácter industrial recuperado em 2015 pela EGEAC para acolher uma programação de artes visuais (novidade).
O ambicioso Plano de Drenagem de Lisboa com uma visita à escavação do primeiro túnel que liga Monsanto-Santa Apolónia, preparando a cidade para os desafios futuros e das alterações climáticas (novidade).


Este olhar, que alia a perspetiva da arquitetura aos fenómenos sociológicos, propõe visitar uma diversidade de projetos e tipologias, focando a sua capacidade de adaptação. Habitações criadas de raiz para outro fim; edifícios obsoletos com múltiplos destinos possíveis; novos conjuntos habitacionais construídos em vazios urbanos centrais; edifícios e equipamentos públicos reabilitados para novas atividades; ou ainda conventos, mosteiros e palácios que, ao longo da sua existência, tiveram inúmeras utilizações, mostrando a sua plasticidade funcional e a sua adaptabilidade às necessidades, mais ou menos espontâneas, do tempo. O Open House Lisboa propõe a descoberta da constante impermanência da arquitetura.


A chamada ao voluntariado, que está aberta até 20 de Abril, integra um programa de intercâmbio europeu que dá oportunidade a quem participa nesta 13.ª edição de viajar até Bilbao (5 e 6/10), Barcelona (26-27/10), Tessalónica (por anunciar) e conhecer outras formas de fazer cidade.
A rede de cidades do Open House Worldwide continua a crescer, passando em 2024 a incluir mais cinco cidades: Miami, Berna, Murcia, Hong Kong e Zaragoza.

O Open House Lisboa

O Open House Lisboa é um programa de visitas e passeios ao longo de um fim-de-semana e que abrange mais de 60 espaços com diferentes usos e funções. As visitas são todas gratuitas, algumas com reserva prévia, e com três formatos à escolha: livres, acompanhadas por especialista ou pelo voluntariado que é a cara deste evento anual. Para além das visitas ao interior dos edifícios, também fazem parte:

Percursos urbanos a pé acompanhados por especialistas;

Passeios sonoros orientados por narrações, que podem ser descarregados e escutados em qualquer altura;

O programa paralelo combina eventos Plus com concertos, projeções, performances, exposições, instalações ou workshops e as atividades Júnior oferecem desafios e atividades para a família.

Desde 2017, um programa de acessibilidade adaptado a pessoas cegas ou com baixa visão, pessoas surdas ou com deficiência cognitiva.
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