Foi no Europarque de Santa Maria da Feira ontem, dia 4 de dezembro, que teve lugar a entrega dos prémios do IAPMEI e o Turismo de Portugal. Na Gala foram distinguidos com o Estatuto de “PME Excelência 2023”. São 4136 empresas, que se traduzem em 132 973 postos de trabalho, nos mais variados setores de atividades; desde o Turismo à Pesca, passando pela Comércio, Serviços e Agricultura.
Esteve presente na entrega dos prémios o Primeiro-Ministro onde destacou a importância das PME’s e Microempresas no tecido empresarial português, elencando uma variedade de adjetivos com muito otimismo, na prossecução dos objetivos do Estado, mas sem nunca esquecer o papel preponderante das pessoas.
O evento contou com a presença ao mais alto nível dos órgãos do governo, à cabeça com o Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, com o Ministro da Economia, Pedro Reis, o Secretário de Estado da Economia, João Ferreira, o IAPMEI e o Turismo de Portugal.
O Ministro da Economia orientou a sua intervenção dizendo que é um “enorme orgulho que sente nas empresas portuguesas, e que estão sempre presentes quando precisamos delas”. Desde o ímpeto reformista, à sustentabilidade, dizendo que “os pilotos são vocês.” E que há “necessidade de uma renovação das instituições”. E servir as pessoas das empresas, “é esse o caminho que o Estado está a trilhar.”
O retorno à diplomacia económica; Reduzir os impostos com este Orçamento de Estado; Redução fiscal; Fomentar a meritocracia; Apoio ao investimento; O ambiente, e a questão ambiental são uma das preocupações do governo; Investir nas pessoas e na investigação; Retenção de talentos; Melhor qualidade dos serviços; O Estado tem de pagar a 30 dias às empresas; As PME’s são o coração do país”. Uma série de ações que “têm de ser levadas em conta”, salientou Pedro Reis.
Apostar na qualidade do que se faz em Portugal, e as boas vindas a todas as empresas presentes e as que não estavam presentes, pelo papel que têm desempenhado ao longo dos anos, fomentando a economia portuguesa em Portugal e por esse mundo fora. Dando relevo à integração das novas tecnologias e da Inteligência Artificial, que são temas muito prementes nos mais variados setores de atividades, e que Portugal tem sabido acompanhar o ritmo do comboio nestas áreas. Salientou também o papel da banca que dá “apoio” a estas empresas para que cresçam bem e “saudáveis” e de forma sustentável.
Na cerimónia, foram entregues uma estrela a cada uma das empresas destacadas por setores, sendo recebidas pelas mãos do Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, pelo Turismo de Portugal, pelo Ministro da Ecónomia, pelo IAPMEI e as demais figuras que participaram no evento.
Luís Montenegro fez um discurso de cerca de vinte minutos onde salientou várias qualidades das PME’s, pelo seu desempenho que têm feito ao longo dos anos, sabendo também elas acompanhar as novas tecnologias que fazem parte do léxico empresarial e da Inteligência Artificial, onde foi sustentar também nas palavras do Ministro da Economia.
São elas que dão “impulso à economia”, em que as pessoas são o mais importante, pois entregam a sua dedicação a cada uma destas empresas que se querem afirmar no país e no estrangeiro. São o “motor da Economia portuguesa”, referiu o chefe do governo.
Prosseguiu com um conjunto de pontos salientando que “os empresários são muito importantes e que sem o vosso espírito, de correr riscos, de empreender, de ambicionar, de acrescentar, não há economia, não há riqueza ou criação de riqueza no país”, enfatiza.
“São os empresários, empreendedores, os administradores, os gestores, os trabalhadores os funcionários e todos aqueles que interagem na prestação de serviços associados a cada uma das ideias de valor a cada uma das cadeias promovedoras da produção” que “eu quero dizer-vos como Primeiro-Ministro do Governo, ao ver tanta atividade, tanta garra, excelência, que foi aqui reconhecido”. Tem ainda mais vontade de contribuir na humilde, mas grande, responsabilidade de tarefa, para não defraudar as expetativas através “do vosso trabalho, “podermos efetivamente ter um país mais desenvolvido”. E ter um país que “aproveite todos os seus recursos naturais”.
E prossegue, “a capacidade de nós irmos mais longe e ser um país mais desenvolvido”. “Eu quero mais uma vez reiterar a confiança que temos nas empresas portuguesas. A confiança que temos no caminho que estamos a percorrer.” O alívio da burocracia, e da carga fiscal. “Nós começamos por aliviar a carga fiscal, os rendimentos do trabalho sobre os rendimentos de quem ao final do mês quer ser compensado com o seu esforço” salienta.
Falou da conjuntura internacional, onde há países como a Espanha, França e Alemanha, as economias e política estão em alvoroço, na direção do declinio e arrefecimento económico, mas Portugal tem seguido um caminho de evolução no seio de tanta torbulência.
“Somos um país com estabilidade jurídica, com estabilidade financeira, liquidez da nossa banca. Podem investir na nossa economia. Nós somos um país com bons recursos humanos, com boa academia, com bom conhecimento científico, com boa dinâmica do ponto de vista da investigação e do desenvolvimento. E estamos bem cotados do ponto de vista Internacional. Temos centros de Investigação e de investimento, somos um país bem prestigiado do ponto de vista geoestratégico. Um país, de oportunidades”, remata Luís Momtenegro.
Segundo fonte do IAPMEI, em 2023 o país conseguiu atingir os seguintes valores:
Volume de negócios: 20.000M€ (+27%);
Exportações: 4.100M€ (+32,7%);
Resultados Líquidos: 2.700M€ (+53%);
EBITDA: 3.900M€ (+43,3%);
Ativo: 17.450M€ (+15,9%);
Autonomia Financeira média: 62,2% (+4,6 p.p.).
