A emigração em Portugal dá-se sobretudo a partir dos anos 60, em pleno Estado Novo. Os portugueses queriam melhores condições de vida, e Portugal não as reunia. Dão-se as primeiras vagas de emigração nos anos 60, 70 e 80, sobretudo para a Europa, maioritariamente para França, Paris a cidade de eleição, e para os Estados Unidos, sendo Boston, Newark e New Jersey, os locais mais procurados.
Na Europa, os portugueses que tinham pouquíssimos recursos faziam a sua travessia a pé. Corriam vários perigos, pois as autoridades espanholas andavam sempre no seu encalço, atravessavam a fronteira portuguesa e depois a espanhola e seguiam para França, onde se estabeleciam em Paris, na sua maioria.
Estes emigrantes, da “primeira geração”, eram pouco instruídos, dedicavam-se sobretudo às limpezas e construção Civil. Os filhos nascidos nesses países, frequentavam as escolas e já se movimentavam melhor no mundo académico, havendo um envolvimento social e político. Na crise de 2012, os portugueses mais qualificados saem em grande debandada rumo a países onde podiam preencher a lacuna que Portugal não soube preencher.
Eram sobretudo, enfermeiros, médicos, engenheiro, e outros, com boas qualificações académicas que saíram do país, em busca de reconhecimento profissional, e salários mais atrativos. Estes emigrantes do século XXI “são muito respeitados e reconhecidos lá fora”, têm bons salários e ocupam cargos de topo nas empresas onde trabalham, como nos adiantou Ângela Crespo, cientista a viver em Boston, Estados Unidos.
Segundo o relatório da Emigração do Ministério dos Negócios Estrangeiros de 2021, estão inscritos nos consulados 5.251 742 emigrantes, em todo o Mundo. Na Europa estão inscritos 3.071 447, estando em França 1.551776 de portugueses. Na América 1.560243, quase tantos emigrantes como em França. Mas é Paris a grande detentora, com 943 358.