Poucas Palavras de Johann Wolfgang Von Goethe – porém, descrevem o que é o Fado da Saudade. Quem deixa o seu País ou decide emigrar, leva na Alma, Mente e no Coração a Saudade e o Pensar na Ilusão do Regresso. Muitas vezes significa “Emigrar é não voltar”.
Cada Biografia é diferente. Hoje existe ao lado da Emigração Modesta, a Emigração Académica. Ambas procuram Além-Fronteiras melhores Vidas. Nem sempre se consegue caminhar no meio de um Roseiral. Mais vezes acontece, que o passeio se apresenta no meio de Espinhos, sem encontrar uma única Rosa. Apesar da Vida sonhar não é Poesia. Por conseguinte reza, para que a Viagem se revele um Caminho de Sucesso.
Dia 10 de Junho conta a História dos Nacionais e dos Emigrantes, assim como da Língua Materna. Idioma, que Luís Vaz de Camões conseguiu com a sua magnífica Obra “Os Lusíadas” consolidar. Um Idioma, que ofereceu ao Mundo o Fado. Um Quadro, que recorda a “Mala de Cartão” e o “Salto”. Sonhos que no fim sentenciaram a Vida da Lusodescendência, que vive entre várias Culturas e diferentes Vidas com a expetativa de um dia encontrar o seu Cantinho no Mundo com a Identidade Lusófona no meio do Cosmopolitismo. Descendência é o Legado dos Pais e Avós, mas a Pátria procura-se entre as Raízes e os Países de Acolhimento. Portugal, Emigração e Poesia do Réquiem à Glória.
Um festivo Dia – mas também um Dia para refletir sobre o Passado, a Influência da História, o Presente que vive em diferentes Países diferentes Vidas, e o Enigmático Futuro, que não levanta o Véu, para responder à pergunta, para qual somente o Destino conhece a resposta:
“Regressar ou ficar?”
Guitarra Portuguesa a recordar, Xaile Preto a resguardar.
O Fado Lusitano para o Mundo cantou
Um dia o Fado pensou –
Para Além-Fronteiras viajou.
Desejava encontrar a Verdade
E conhecer a Saudade.
Quando ao Estrangeiro chegou.
Por Terras Desconhecidas caminhou.
Para o Mundo inteiro cantou.
Do seu Portugal contou.
Um Dia com Tristeza acordou.
A Verdade enfrentou:
Emigrante tens razão.
Emigrar –
É levar Saudade no Coração.
A Ilusão do Regresso conheceu.
O Fado Xaile Preto ofereceu.
Lenço Branco do Adeus.
Fé no Poder de Deus.
A Guitarra Portuguesa chora.
Voltar –
Chegou a Hora.
Um Dia o Fado rezou:
À Sua Pátria regressou
Fim
Isalita Pereira