A artista plástica vai inaugurar mais um trabalho em Paris, realizado durante o confinamento, trata-se da “Árvore da Vida”, onde explica o sentido da mesma numa estrutura de 13 metros.
“Árvore da Vida’, associada a esta ideia de recomeço”, afirmou Joana Vasconcelos em entrevista à agência Lusa, em Paris.
A obra nasce da inspiração intemporal de um mito grego, em que Dafne, primeiro amor de Apolo, “o rejeita e pede ao pai que a ajude a fugir à insistência deste deus, acabando por transformá-la num loureiro”, e do contexto em que a peça foi concebida, a data original da Temporada Cruzada entre Portugal e França, que coincidiu com a pandemia de covid-19.
“Foi algo produzido em plena pandemia, a partir de reciclagem de materiais e tecidos que tinha no atelier. Foi a ocupação de muita gente durante muitos meses e foi o foco das emoções – até o desespero e ansiedade – e a pergunta ‘o que será o futuro?’.
Todas essas emoções fazem parte deste projeto. Disse à equipa e a mim própria, que tinha de fazer algo positivo e fantástico para comemorar a saída desse período”, explicou a artista.
A instalação “Árvore da Vida”, de Joana Vasconcelos, abre na sexta-feira dia 28 de abril, ao público, na Capela do Castelo de Vincennes, Paris, com a expectativa de um recomeço mais harmonioso.
Para a inauguração oficial, vai ter música tocada ao vivo, e o espetáculo vai contar com o ministro português dos Negócios Estrangeiros, João Cravinho, a ministra francesa dos Negócios Estrangeiros, Catherine Colonna, sendo também esperada a presença do ministro português da Cultura, Pedro Adão e Silva, e da sua homóloga francesa, Rima Abdul Malak, entre outras figuras de Portugal e de França.