Ao longo de 50 anos tivemos uma esquerda que associou o dia da revolução, a imagem do cravo, a cor vermelha com a simbologia partidária…O PCP e PS fizeram-no de forma ardilosa com uma eficaz estratégia de marketing político como se a conquista pela democracia fosse exclusividade da esquerda…
A direita democrática recusou durante o PREC várias abordagens quase diárias da extrema direita de realizar “golpes de estado” e com exceção dos livros de memórias dos protagonistas da altura, este fato foi apagado da História pela esquerda e pela extrema esquerda.
A meu ver, este ano de 2024 comemoramos a mudança de uma ditadura para uma democracia que não se fez apenas no dia da revolução. Todo o processo que durou após o 25 de Abril e que só acabou com a extinção na década de 80 do conselho da revolução composto por militares que governaram em simultâneo com governos eleitos é que confere o término de um processo em que evitou uma ditadura comunista, uma guerra civil permitindo o triunfo das forças moderados mesmo com a dor 8nfligida à direita pelo assassinato dos seus líderes, Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa.
Mas a operação de marketing da esquerda continua de boa saúde e constatamos que o slogan da esquerda de “Comemoração do 25 de Abril”, se sobrepõe ao slogan que deveria ser o correto de “Comemoração dos 50 anos de democracia”.
Será curioso verificar quais é que serão as opções das diferentes entidades publicas em Portugal (Assembleia da República, autarquias, Presidência da República, etc…).
Optarão pela “Comemoração do 25 de Abril” ou pela “Comemoração dos 50 anos da Democracia”?
Espero a bem de Portugal que seja pela segunda…
Paulo Freitas do Amaral
Professor de História
Cofundador do partido Nova Direita
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