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Domingo - 15 Setembro 2024

EXCLUSIVO: Lusodescente é Vereador do município Londrino de Lambeth

Destaques

Diogo, nasceu em 1998 em Lambeth (o município londrino com mais falantes de português no Reino Unido), é descendente de pais portugueses, de Mangualde, distrito de Viseu. Foi o primeiro da família a frequentar a universidade. Estudou Ciências da Computação numa Universidade no norte de Londres. Presentemente, trabalha como Engenheiro de Software, começando esta atividade aos 19 anos. Depois, aos 23 anos, foi eleito vereador no município londrino de Lambeth.

Natural de Londres, desde muito jovem se interessou por computadores. Já na escola primária e secundária, ajudava os professores a resolver problemas informáticos. Depois escolheu informática no ensino secundário, como disciplina nuclear, e continuou na mesma área no Sixth Form – mais ou menos equivalente ao 12º ano em Portugal.

Seguidamente matriculou-se na Universidade em ciências da informação e programação – “área da minha paixão desde criança “- e concluiu a licenciatura com distinção. Sempre pensou que este curso conduziria a competências tangíveis e mais relacionadas com o mercado de trabalho. “Foi a escolha certa – é divertido e adoro!” No Reino Unido, pode escolher muitas disciplinas diferentes que gostava de estudar no ensino secundário. Durante o “Sixth Form”, também estudou Governo e Política, Economia e Filosofia.

Os professores dessas disciplinas ficaram desiludidos por eu não ter optado por uma licenciatura numa destas áreas. Existe no Reino Unido um curso muito atrativo: Filosofia. Política, e Economia (PPE em inglês), pelo qual também poderia, noutras circunstâncias, ter optado.

Nasceu e cresceu em Londres, é a ‘minha casa’. Durante o dia, trabalha como engenheiro de software. Ser vereador no Reino Unido é um trabalho a tempo parcial, não é pago, mas auferem ajudas de custo. A maior parte das reuniões da Assembleia da Câmara têm lugar à

noite. Muito do seu tempo é partilhado entre a sua atividade profissional de programador, de vereador, e também com a manutenção da “minha ligação a Portugal através do Partido Socialista.”

Os Ingleses têm uma opinião bastante positiva dos portugueses. Consideram-nos “gente trabalhadora e honesta”. Os seus pais vieram para o Reino Unido, tal qual muitos imigrantes, para fazer os trabalhos menos qualificados, os quais não atraem os nativos: limpezas, apanhadores de fruta, empregados de mesa, cozinheiros, prestadores de cuidados,

etc. Mas também houve uma emigração mais recente e altamente qualificada. Por exemplo, um ex-Primeiro Ministro britânico foi tratado por um enfermeiro português, enquanto esteve internado no hospital com Covid 19.

Desde a recessão global, “temos assistido a um aumento do número de licenciados e académicos portugueses no Reino Unido, alterando a demografia da comunidade portuguesa e enriquecendo ainda mais a cultura britânica.” Salienta Diogo.

Também afirma que os seus pais vieram para o Reino Unido à procura de emprego em 1995. E que “é pouco provável que me mude para Portugal – os salários são baixos e Lisboa é uma “vila” em comparação com Londres. Fui criado na grande cidade, adoro estar aqui. No entanto, nos meus últimos anos de vida, é possível que passe mais tempo em Portugal.”

No que diz respeito à reforma e de um dia ir para Portugal refere que talvez mude a residência para Portugal, ou permaneça periodicamente no país quando se aposentar.

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