A Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril desenvolveu um “showcooking” na Feira Nacional da Agricultura com o projeto InsectERA na ementa. Dias depois, a instituição de ensino superior uniu culinária e literatura em conferência internacional sobre a autora britânica Angela Carter. Através de conceitos e métodos de trabalho que promovem a criatividade e a autonomia, a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril desafia constantemente os estudantes a explorar novas fronteiras dentro de setores em contínua evolução e a que não faltam oportunidades para inovar.
E o mês de junho foi exemplo disso, que teve na ementa curricular da ESHTE a utilização gastronómica de insetos e a fusão com a literatura. “Esta é uma infraestrutura de comunicação fundamental para a Eurorregião, para o Norte e para Portugal. Será uma coluna vertebral do corredor do Atlântico, essencial para todo o Norte e Noroeste Peninsular, para mitigar a nossa perifericidade”, assegurou, ontem, o Presidente da CCDR NORTE, António Cunha.

Segundo o manifesto, os diversos estudos já elaborados apresentam “dados incontestáveis” que evidenciam o potencial de utilização e rentabilidade da linha Galiza-Portugal. Dados que, em conjunto com os laços culturais existentes, constituem um capital valioso para alcançar progressos significativos na construção de novos projetos baseados na intercomunicabilidade. Para a CCDR NORTE e para a Xunta da Galicia, a riqueza partilhada “gera oportunidades e promove sinergias de bem-estar através do envolvimento coletivo.”
Na antiga Alfândega de Valença, em Viana do Castelo, foi ainda salientado que esta ligação ferroviária é “uma prioridade óbvia”, sendo necessário avançar, depois de 20 anos de deslizamento das metas temporais, para um orçamento e um calendário realista para concretizar a ligação. O manifesto refere assim a necessidade do desenvolvimento de um programa completo de ações, investimentos e etapas para a ligação – com prioridade para a saída Sul de Vigo.

Há mais de 10 anos que os representantes da Eurorregião Galiza-Norte de Portugal, assim como as sucessivas Cimeiras Ibéricas, reconhecem a prioridade da construção desta ligação. Este compromisso tem sido renovado pelos governos da República Portuguesa e do Reino de Espanha, tendo sido definido, recentemente, o ano de 2032 como sendo a data de entrada em serviço desta infraestrutura estratégica.
Dado este prazo, os presidentes da CCDR NORTE e da Xunta de Galicia solicitam ainda aos governos de Portugal e Espanha que trabalhem a definição da nova ligação internacional no Rio Minho, no âmbito do programa de financiamento europeu para ações pertencentes à rede RTE-T. A atual ligação, do conhecido “Comboio Celta” entre Porto e Vigo, efetua-se em 2H30 e oferece condições de serviço que precisam de ser modernizadas. “É um serviço decrépito e o metabolismo económico, incluindo o crescimento do turismo transfronteiriço, exigem uma melhoria urgente para as viagens se concretizarem no menor tempo possível e com mais qualidade”, referiu António Cuinha. O Presidente da CCDR NORTE deixou ainda o alerta que o “Comboio Celta” faz um percurso diferente da futura ligação de alta velocidade e que continuará a justificar-se depois de 2032.