Peregrinei até à Capelinha.
O Bem agradeci à Santinha.
Rosa sem ser Flor.
Letras seu Escultor.
Vela sem Lume.
Luz com Palavras se assume.
Lenço sem Tecido a voar.
Prece no Ar a entoar.
Deixo o Cestinho no Altar.
Repleto com Coração a rezar.
Vazio!?
No Fundo uma Carta deixei.
Minha História à Santinha contei.
Amém.
Existe um Ditado que diz:
“Se um Obrigado é pouco. Por vezes vale o Mundo.”
Na Vida acontece, que se pretende dizer “Obrigado.”, para se agradecer o recebido Bem. Nem sempre sabemos como o fazer. A incerteza como apresentar o Agradecimento dá origem a um Vácuo. O Tempo passa e a valiosa Palavra não é pronunciada, porque a procura de Palavras ou Presentes como se pensa que seria digna de ser oferecida não conhece fim. Momento – em que me recordo de uma pequena cena:
Era Época de Natal – um Dia difícil chegava ao fim e antes de seguir para casa ainda fui comprar um Caderno e Caneta para os Estudos. Após o pagamento – pensativa e com a Memória bem longe – não disse uma única Palavra. A Senhora à Caixa olhou muito séria para mim e antes de eu abalar ouvi as seguintes Palavras: “O que custa desejar “Boas Festas!” “. Acordei da Apatia do difícil Dia e enfrentei quase uma Lição da Vida: Realmente o que custava ter dito: “Boas Festas.” como um Agradecimento.
“Obrigado”- poucas Letras, mas formam uma Poderosa Palavra. Não requer Jóias preciosas, Estátuas de Cristal, nem Objetos de Ouro, Prata e Cobre. Somente um sincero “Obrigado.” – Literalmente ou em Matéria como Simbólico Presente: Prece, Fotografia, Poema, Música etc. Lembrança de Recordação consegue valer o Mundo, porque simboliza o Não-Esquecimento: para quem a recebe – Respeito e Consideração.
Como o Cestinho para a Santinha.
Isalita Pereira
Secreta Poeta
FIM