O diário da conhecida jovem vítima do Holocausto, inspirou produção teatral original da Plateia d’Emoções. Depois da première, a companhia avançará com o espetáculo por várias cidades do país. Anne Frank inspirou e inspira gerações inteiras de atores e plateias há décadas, o Diário de Anne Frank será visto a 18 de fevereiro próximo, no Coliseu do Porto, uma versão ainda mais envolvente.
Esta peça é uma produção original de teatral musical, com a marca criativa da Plateia d’Emoções, baseada naquele que muitos consideram ser “o diário mais famoso do mundo”, obra da conhecida jovem alemã de origem judaica vítima do Holocausto.

Depois da estreia na mais emblemática sala cultural nortenha, “Anne Frank – O Musical” subirá aos palcos de várias salas de espetáculos e andará em tournée pelo País.
Com texto e letras originais de Hélder Reis, o conhecido profissional de televisão, a peça parte de uma ideia original de Fernando Tavares, alma pater da Plateia d’Emoções, que assumiu também a direção artística, cenografia e encenação.
A produção envolve cerca de 30 pessoas e coloca 16 atores em palco. Desenvolve-se por 20 cenas musicadas e comporta 10 músicas originais da autoria de André Ramos. Músico que trabalhou com os maestros Sir John-Elliot Gardiner, Paul Daniel, Leif Segerstam, entre outros, e com percurso pela London Symphony Orchestra, Philharmonia Orchestra, London Arts Orchestra e Hong Kong Sinfonietta, além das colaborações desenvolvidas para os musicais “Fame”, “Scents of Light”, “Rent”, “Grease”, “Lion King” e, igualmente, a versão portuguesa de “Jesus Christ Superstar”, de Filipe la Féria.
A cenografia reconstitui, de uma forma dinâmica, o anexo secreto (hoje casa-museu) onde Anne Frank se refugiou durante mais de dois anos, em Amsterdão, juntamente com mais sete pessoas.
“Tantas vezes recriado em palco, terá pela primeira vez em Portugal uma peça teatral musical de envergadura. Centrada nos episódios mais marcantes de uma das obras de não ficção mais lidas em todo o mundo”, tem um início imaginado pelo diretor da Plateia d’Emoções, com base numa foto do pai de Anne, Otto Frank. E, como revela Fernando Tavares, opta por um final “muito emocional que fará a ponte para os atuais contextos de intolerância e conflito…”
“Conheça a força, a irreverência, a perseverança, o medo e o talento da jovem que escreveu o diário mais famoso do mundo”, através de um “musical único e envolvente, repleto de emoções e valores” e que permite ver Anne Frank “como nunca foi mostrada”, sublinha a sinopse.
Com uma “composição musical apaixonante”, Anne Frank – O Musical explana uma “abordagem singular” sobre a obra que acabou por ser um “hino à amizade, ao amor, à família e à esperança de cada dia”.
“Existiriam janelas tão abertas quando o mundo estava tão fechado? Será tão distante dos dias que hoje vivemos?”, questiona-se.
Criada em 2011, foi em 2015 que a Plateia d’Emoções se especializou em teatro musical, e, num concelho (um dos maiores de Portugal) que não dispõe ainda de um teatro municipal, desenvolve a sua atividade diária em instalações alugadas (300 metros quadrados), onde investiu e criou todas as condições técnicas exigíveis para os ensaios das suas produções.
A peça abre primeiro no Porto, no Coliseu da mesma cidade no dia 18 de fevereiro, pelas 17h30 em estreia. Depois segue para outras cidades como: Mealhada, Tábua, e Póvoa de Varzim.
