Em entrevista ao Jornal Comunidades Lusófonas a Ordem dos Engenheiros Técnicos, representada pelo Engenheiro Nuno Cota, fez-nos um esboço destes profissionais no âmbito da CPLP, e sua importância no desempenho da atividade nesses países. São cerca de 30 mil inscritos na Ordem, mas 5 mil encontram-se no estrangeiro.
A ordem dos engenheiros técnicos é a Associação de direito público que representa os engenheiros técnicos em Portugal, mas não só, representa todo um conjunto de técnicos, que exercem a sua profissão em Portugal, nos países da CPLP e nos restantes países a nível mundial.,
“Temos muitos colegas na área de engenharia eletrotécnica e outras área de engenharia mecânica, civil, que prestam serviço nesses países, e para nós é estratégico acompanhar quer as iniciativas que se verificam ao nível da CPLP, quer perceber em termos políticos os novos investimentos” refere Nuno Cota, e para que assim se possa ajudar mais os colegas na procura de novas oportunidades no estrangeiro.
Projeto de futuro na CPLP?
Para o engenheiro Nuno Cota, a ordem dos engenheiros técnicos, tem prestado um serviço muito importante e de ligação às suas congéneres, quer em Angola, quer em Cabo Verde, e em Moçambique. As respetivas ordens de engenheiros destes países, não só ajudam para o desenvolvimento desta regulação do exercício da profissão de engenharia nesses países, como também procuram estabelecer parcerias estratégicas ao nível de organização do Congressos e de workshop bilaterais e outros tipos.
Ao longo dos Últimos anos, a ordem dos Engenheiros Técnicos, tem sido um parceiro fundamental nestas organizações, de outros países, procurando sempre desenvolver a engenharia nesses países e desenvolver “ e a nossa profissão nesses países”.
Há muitos engenheiros espalhados pelo mundo. Tem uma noção de quantos serão?
A engenharia é uma das profissões que procura exercício da profissão em todo o local, dado que, “a nossa atividade é normalmente orientada por regulamentos e por tecnologias que são internacionais, aplicam-se a muitos países”, para além disso, “nós temos tido fruto dessa ligação entre os países da CPLP e Portugal.”
“Temos tido em muitos países adotado os regulamentos nacionais, os regulamentos portugueses específicos da construção civil e da energia, das infraestruturas, o que torna que os nossos profissionais de engenharia portugueses estratégicos para esses países, para a ajuda ao desenvolvimento desses países”, porque estão muito por dentro de todos esses regulamentos e por dentro dessa tecnologia e, acima de tudo, dominam a língua portuguesa, que é um fator extremamente importante nessa área de atividade.
Uma Mensagem aos portugueses que se encontram lá fora e para os que estão na CPLP no seu conjunto?
A CPLP “é para nós estratégico, como um veículo de desenvolvimento dessas relações multilaterais entre Portugal e os restantes países, porque nos une uma língua,” e essa língua hoje em dia, em mercados como o da construção e da engenharia, é fundamental, é um fator de desenvolvimento e de aumento da produtividade em todos esses setores de atividade.
Para o Engenheiro Nuno Cota, “é importante que a ordem dos engenheiros técnicos estabeleça relações bilaterais com os respetivos congéneres nos diversos países, possibilitando que todos os nossos membros tenham sempre um apoio local numa associação que os representa e também o contrário, ou seja, possibilitar que a OET acolha os colegas que vêm de outros países e queiram trabalhar em Portugal.”
Tem-se estabelecido essas relações com as diferentes congéneres, possibilitando uma rápida integração profissional e garantindo que os profissionais sejam reconhecidos dos outros países, que possam ter acesso imediato ao exercício da profissão em Portugal. Neste momento têm cerca de 30 mil membros, dos quais, cerca de 5 mil estão no estrangeiro.
