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Domingo - 16 Fevereiro 2025

EXCLUSIVO: Celebração do 49º aniversário da Independência de São Tomé e Príncipe

Destaques

No dia 12 de julho foi o dia da celebração do 49º aniversário da Independência de São Tomé e Príncipe, no Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários de Leça da
Palmeira, Matosinhos, que coincidiu com o 151º aniversário deste corpo de Bombeiros. O dia da Independência, foi um dia marcante onde se fizeram representar várias personalidades; desde a literatura,
política e diplomacia, representar esta efeméride com vários participantes e alguns momentos lúdicos. Estiveram presentes oradores dos diferentes países dos PALOP, nomeadamente o Cônsul-Geral da Guiné-Bissau do Porto, José Pavão. Danilo Salvaterra, moderador do debate. Narciso
Miranda, ex-Presidente de Matosinhos. Só para evidenciarmos alguns,
que têm o mesmo denominador comum, a emigração.

O evento começou pelas 18 horas, com um painel de oradores das mais dispersas áreas geográficas, vindas do Continente Africano, e de Portugal.

Pedro Vilar da Associação Santuga, fez as honras da casa dizendo que “a vida dos homens existe porque o homem existe”. E que a Santuga (Associação de São Tomé e Princípe), assenta nos valores, respeito, solidariedade, língua, interculturalidade, e que é essencial o imigrante falar a língua portuguesa, e com estas notas deu início à sessão.

O primeiro orador, António Bondoso, que é, para além de outras coisas, investigador, radialista, poeta e um amante de África, também referiu que há uma elevada fuga de jovens São São-tomenses a emigrar.
Danilo Salvaterra, é um homem da Comunicação Social, moderador, foi o segundo orador destacando que São Tomé e Príncipe precisa da CPLP.

Mulher de Sá Carneiro ao lado com o Presidente da Santuga, Pedro Vilar

Carlos Semedo, é meio português, meio São Tomense, para além doutros cargos é Magistrado, e fez uma crítica constante, dizendo que “São Tomé e Príncipe está pior do que o que estava”, manifestou descontentamento de Pinto da Costa, que foi eleito para a “miséria e a pobreza”, e que cerca de 70, 80% dos jovens saíram do país. “Tem que se parar com a corrupção”. Refere o mesmo.


O Cônsul da Guiné Bissau, José Manuel Pavão, evidenciou a necessidade de haver um centro materno infantil no seu país, e das dificuldades que os Hospitais Guineenses atravessam.

O representante dos Bombeiros Voluntários de Matosinhos e Leça da Palmeira, referiu que “fazer o bem sem saber a quem”, bem como continuar a abrir as portas às pessoas, criar parcerias, e enaltecer o (PLA) Português Língua de Acolhimento. E para terminar a sua intervenção citou Almada Negreiros: “Se o paraíso existe certamente será aqui”, referindo-se a São Tomé e Príncipe.

Narciso Miranda ex-Presidente de Matosinhos também esteve presente e falou sobre a hipocrisia que está envolta nas guerras atuais.
Também se referiu a importância da CPLP, que tem feito pouco, e há uma razão de fundo, “não consegue executar a sua existência”.

O painel também contou com a presença de Manuela Galante, a representar Luísa Salgueiros, Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, dizendo que Matosinhos foi um dos Concelhos “que mais apoio deu ao povo de São Tomé e Príncipe, há muito tempo”.

No evento também esteve presente a mulher de Francisco Sá Carneiro, onde foi oferecido um ramo de rosas brancas, que simboliza a paz.

José Reis da AIMA, também esteve presente, mas devido à gestão de tempo fez um discurso breve, divulgando que há projetos de 500 mil euros para as Associações e que estas podem candidatar-se a estes fundos, e referiu Kant: “Fazer o bem em si mesmo”. E que a AIMA está empenhada em apoiar as Associações.

Assistiu-se a dois testemunhos de duas estudantes no quarto ano de medicina, uma proveniente de Moçambique e outra de São Tomé e Príncipe, onde “confessou” sobre os seus sonhos, e o facto de ter de sair do seu país e vir para Portugal para tirar o curso de medicina em Coimbra. E o segundo testemunho, uma aluna São Tomense, a frequentar o 4º ano também em medicina na Universidade do Minho, em Braga, vem de Angola para se tornar médica, e relatou as dificuldades culturais que encontrou no início da sua estadia no país.

O momento cultural também teve espaço, foi apresentado um desfile “As oito maravilhas” da autoria de Honorinda Manuel, de Angola, que acumula funções de Advogada e criadora de moda. Onde desfilaram crianças e adolescentes com tecidos típicos africanos, que deram um toque de elegância aos vestuário, tanto masculino, como feminino.

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