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Domingo - 16 Fevereiro 2025

EXCLUSIVO: Cônsul Honorário do Kosovo em Braga

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Ricardo Costa Licenciou-se em Engenharia e Gestão Industrial na Universidade Lusíada de Famalicão. Em 2011 completou um MBA na Católica Porto Business School, ao mesmo tempo que desempenhava funções profissionais no grupo empresarial que hoje lidera, e que foi fundado pelo seu avô em 1957. O primeiro contacto com o Kosovo, deu-se numa visita do Embaixador do Kosovo em Portugal, o Ylber Kryeziu. que foi à cidade numa missão com Investe Braga, que é o braço económico do município de Braga.

Esta visita a Portugal deixou a sua marca dando-se o primeiro contacto, que culminou numa relação de proximidade. Ricardo assumiu as funções de Presidente da Associação Empresarial do Minho. Deus-se a criação de uma Associação em 2021 em que ele ajudou a fundar, tendo sido o primeiro Presidente. No âmbito desses contactos empresariais e diplomáticos recebeu em 2023 a Ministra dos Negócios Estrangeiros do Kosovo, e a Secretária de Estado também dos Negócios Estrangeiros que lhe lançaram o convite para ser Cônsul Honorário do Kosovo na região do Minho, com o objetivo de estreitar as ligações empresariais e económicas e culturais entre os dois países.

Qual é o seu papel?

“O objetivo desta relação é a de aproximar os dois países, essencialmente na vertente económica.” Salienta Ricardo. Criar relações económicas entre os dois países e que se estende à parte cultural, a última atividade realizou-se há duas semanas e foi o primeiro Fórum Económico Kosovo/Portugal, onde “levamos mais de 40 empresas portuguesas, a Pristina, ao Kosovo e estivemos dois dias em contacto com mais de 100 empresas do Kosovo, com Universidades. Com membros do Governo, e foi uma ação muito positiva que já deu em vários potenciais negócios e portugueses a investir no Kosovo em áreas como as tecnologias de informação, a agricultura, a energia, que são áreas que o Kosovo tem potencial.” E acima de tudo também, porque o Kosovo, a sua posição estratégica pode ser uma porta de entrada numa região que é a região dos Bálcãs onde há vários países e várias economias em crescimento, como é o caso do Montenegro, Macedónia do Norte, Albânia, da própria Bósnia e da Croácia.

Empresário em Braga mas com empresas no estrangeiro

“Sou empresário em Portugal sediado em Braga, com empresas em Portugal, e no estrangeiro, de salientar: Espanha, Brasil, nos Camarões e em Marrocos”. Iniciaram o processo de internacionalização em 2009, em Moçambique, com a Bernardo da Costa, Moçambique, país que deixamos em 2013.

E nesse mesmo ano começaram no Brasil, que ainda hoje mantêm a presença no país em áreas na grande maioria das empresas fora de Portugal, estão na área core do grupo, que é a área da segurança eletrónica, distribuição de equipamentos de segurança eletrónica, muito vocacionados para a vigilância, para o controlo de acessos, para a deteção automática de incêndios e para a tensão automática de intrusão, resumindo:, alarmes. Têm uma presença desde 2009 no qual “iniciámos este processo e hoje estamos presentes no país. O país onde estamos mais fortes é em Espanha, seguindo-se o Brasil, os Camarões, Marrocos” “e estamos entrar em Itália este ano.”

Grupo Bernardo da Costa, “do meu avô”

O Kosovo tem uma embaixada em Lisboa e os cônsules honorários acabam por desempenhar as suas funções nas empresas. Portugal tem dois cônsules honorários, um sou eu e outro o Pedro Violas Ferreira. É o CEO do grupo Super Bock, bem como de outras empresas ligadas ao casino de Espinho e, “somos os dois Cônsules Honorários em Portugal, mas desempenhamos as funções das nossas empresas.”

Tem portugueses a trabalhar nas suas empresas no estrangeiro?

“Não optamos por essa política de internacionalização, uma vez que temos parceiros locais, por ter sócios, locais, tanto em Espanha como no Brasil, como em Marrocos, nos Camarões. Apesar de fazermos contratações a membros da equipa de Portugal, todos fazem deslocações a esses países, os trabalhadores, de lá são todos locais.” Mas olha para a questão da emigração – até porque desempenhou funções de Presidente da Associação Empresarial do Minho. Por um lado com alguma preocupação porque, “estamos a perder jovens talentos que fazem muita falta ao nosso país, mas, por outro lado, é sempre uma experiência, desde que eles não emigrem por falta de condições em Portugal. Eu acho que é muito positivo porque nós estamos a espalhar a nossa diáspora. Estamos a espalhar o nome de Portugal pelo mundo, e na grande grande maioria das vezes, pelas melhores razões e com resultados extraordinários. E é muito bom, e em qualquer país do mundo, encontrar sempre um português, que se destaca nessa comunidade.” Refere o Cônsul Honorário.

Em Portugal, só validaram esta nomeação. É uma nomeação do Governo do Kosovo, claro que para pertencer ao serviço de Protocolo do Ministério dos Negócios Estrangeiros português foi necessária uma validação, trabalha em articulação com o Governo do Kosovo. E mais concretamente com o Embaixador que está em Lisboa.

Quais são os projetos futuros para Portugal e o Kosovo?

“Como lhe disse, nós utilizamos há duas semanas este Fórum Económico Kosovo Portugal e, está já em vista um segundo fórum económico desta vez em Portugal e muito provavelmente irá acontecer em Braga, para fazermos a missão inversa, trazermos empresários, e membros do Governo e das Universidades Kosovares a Portugal,” nesta delegação que foi a Pristina há duas semanas, foi liderada, em primeiro lugar pelo Vice-Presidente da Assembleia da República Portuguesa, pelo Marcos Prestrelo, e depois, quando ele se ausentou no primeiro dia, passou a ser liderada por Rui Moreira, Presidente da Câmara do Porto. Durante este Fórum Económico Rui Moreira recebeu um doutoramento Honóris Causa, pela UBT, University de Business and Technology do Kosovo. E também fez uma geminação, um acordo com afundamento do Porto é a segunda maior cidade do Kosovo que é Prizren.

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