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Domingo - 23 Março 2025

EXCLUSIVO: CPLP esteve em “peso” no segundo Fórum dos Economistas da UCCLA em Lisboa e muitas surpresas estavam reservadas

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Teve lugar no dia 27 de setembro o segundo Fórum de Economistas das Cidades de Língua Portuguesa, onde foram debatidos vários temas no plano económico. Da CPLP estavam representadas por várias figuras, de destacar o Vice-Primeiro-ministro de Cabo Verde, Olavo Correia. São Tomé e Príncipe, Moçambique, Guiné-Bissau, Timor-Leste, Portugal, Angola, com a Primeira-Dama e o Brasil. A sala do auditório da UCCLA estava cheio, onde foram abordados assuntos da economia nacional e internacional, em torno da “Multipolaridade, Geoeconomia e Lusofonia”. A importância da CPLP na economia à escala global, e o rasgar com o passado e centrar-se no futuro dos Países da Língua Portuguesa, temas que não foram deixados ao acaso.

Vice-Primeiro-Ministro de Cabo-Verde, Olavo Correia
O Vice-Primeiro-ministro de Cabo Verde iniciou a sua intervenção destacando a importância que a CPLP tem no futuro da Organização, e salientou que para o ano deve ter lugar em Cabo Verde o terceiro Fórum de Economistas, e que teve o apoio dos presentes.

Segundo o mesmo, afirmou que é imperativo rasgar com o passado e ser “mais ambicioso com o futuro”, a CPLP tem de ser “mais plena, politicamente e no plano financeiro”, estabelecendo “parcerias globais”, e que o “português como língua oficial das Nações Unidas”, foi tónica dominante.

A Organização deve ter um “papel mais ativo com a União Europeia”, defendeu. Uma “CPLP sem fronteiras”, e criar “uma CPLP para todos”, bem como o “português como língua de referência internacional”, pois é o quinto idioma mais falado no mundo, bem como a importância do papel das mulheres no âmbito da Organização.

Referiu também, que Cabo Verde tem muito para oferecer ao mundo, e que neste momento há mais turistas em Cabo-Verde do que Cabo-verdianos, referindo a importância do turismo no seu país. E que é um dos motores económicos. Investir no turismo também é uma das suas bandeiras.

Os outros temas que estavam em cima da mesa destacaram-se pela sua importância geopolítica como é o caso do Atlântico Sul e a NATO. Nem todos pareceriam “contentes” com a “ingerência” da NATO no Atlântico Sul, o discurso de Renato Flores, foi um pouco azedo, dizendo muito claramente que a NATO não era bem-vinda ao Atlântico Sul. Referindo mesmo que “deixem ficar aqui o Atlântico Sul quietinho, nós não precisamos da NATO, que se diz de Organização de Defesa”. Referiu o mesmo.

Américo Ramos dos Santos, e ao fundo a Primeira-Dama de Angola, Ana Dias Lourenço.

De Timor-Leste, na voz de Abílio Araújo, relembrou que o país como membro da CPLP, vive há 25 anos um clima de paz e harmonia. Sugere que é importante um ambiente saudável com a Indonésia, graças à política de reconciliação da língua portuguesa. E também vê com bons olhos a relação entre a China e CPLP, para alargar a sua zona de influência.

O Homenageado a discursar

No que diz respeito a São Tomé e Príncipe, Maria das Neves, avança, referindo que o país é pequeno, mas está localizado num espaço geográfico estratégico, pois está no centro no Golfo da Guiné e pode trazer vantagens, com a sua localização e posição. Que pode ser uma zona de comércio livre com o continente Africano. O turismo também se pode desenvolver naquela região do globo, têm muito óleo de palma, cacau e serviços prestados as empresas.

Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa

Para Seixas da Costa, vê a CPLP no mercado global. Segundo ele, “é uma estrutura atípica, está centrada à volta do país colonizador que pode criar o controlo da máquina CPLP, o Brasil, segundo o mesmo, nunca precisou da CPLP, e limita muito a sua ação, a grande maioria dos países apoiam.” Apesar de alguns azedumes e discordâncias em temas sensíveis, a grande maioria acredita no potencial da CPLP.

O final dos debates estava reservado para as homenagens a Américo Ramos dos Santos, que recebeu rasgados elogios da Primeira-Dama de Angola, Ana dias Lourenço, e que não poupou nos adjetivos ao Professor de Economia Américo Ramos dos Santos, que estabeleceu uma relação profissional sólida ao longo de muitos anos de trabalho e cooperação e que elogiou o curriculum do homenageado. Finalizou, afirmando que esta participação constitui um “forte sinal da amizade que liga Angola a Portugal e um incentivo a que continuemos, por todas as formas, a aprofundar as nossas relações de cooperação”. Que foi um dos pontos altos do evento, a homenagem da primeira-dama de Angola, a Américo Ramos dos Santos, com a atribuição do título “Economista Emérito”. O Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou o homenageado com o Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique.

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