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Quinta-feira - 15 Maio 2025

EXCLUSIVO: Diogo Costa, o lusodescendente vereador no município londrino de Lambeth

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Diogo, nasceu em 1998 em Lambeth (município londrino com mais falantes de português no Reino Unido), é descendente de pais portugueses, de Mangualde, distrito de Viseu. Foi o primeiro da família a frequentar a universidade. Estudou Ciências da Computação numa universidade no norte de Londres. Presentemente, trabalha como Engenheiro de Software, mas a sua atividade nesta área começou aos 19 anos. Depois, aos 23 anos, foi eleito vereador no município londrino de Lambeth.

O Londrino Lusodescendente, desde muito jovem interessou-se por computadores. Durante a escola primária e secundária, ajudava os professores a resolver problemas informáticos. Depois escolheu informática no ensino secundário, como disciplina nuclear, e continuou na mesma área no “Sixth Form” – mais ou menos equivalente ao 12 ano em Portugal.

Diogo Costa numa das ruas de Londres onde há comércio português

Seguidamente matriculou-se na Universidade em ciências da informação e programação – “área da minha paixão desde criança” – e concluiu a licenciatura com distinção. “Sempre pensei que este curso conduziria a competências tangíveis e mais relacionadas com o mercado de trabalho. Foi a escolha certa – é divertido e adoro!”

No Reino Unido, pode-se escolher muitas disciplinas diferentes, que gostava de estudar no ensino secundário. Durante o “Sixth Form”, estudou Governança e Política, Economia e Filosofia. Os professores dessas disciplinas ficaram desiludidos “por eu não ter optado por uma licenciatura numa destas áreas.”

Existe no Reino Unido um curso muito atrativo: Filosofia, Política, e Economia (PPE em inglês), pelo qual também poderia, noutras circunstâncias, ter optado.

Londres, é a ‘minha casa’. Durante o dia, trabalho como engenheiro de software. Ser vereador no Reino Unido é um trabalho a tempo parcial, não é pago, mas “auferimos ajudas de custo”. A maior parte das reuniões da Assembleia da Câmara têm lugar à noite. Muito do seu tempo é partilhado entre a atividade profissional de programador, de vereador, e também com a manutenção da ligação a Portugal através do Partido Socialista.

A visão geral dos Ingleses sobre os Portugueses, é que consiseram-nos como gente trabalhadora e honesta. “Os meus pais vieram para o Reino Unido, como muitos imigrantes, para fazer os trabalhos menos qualificados, e não atraiem os nativos: limpezas, apanhadores de fruta, empregados de mesa, cozinheiros, prestadores de cuidados, etc.

Mas mais recentemente há uma emigração mais qualificada. Por exemplo, um ex-Primeiro Ministro britânico foi tratado por um enfermeiro português, enquanto esteve internado no hospital com Covid 19. Desde a recessão global, “temos assistido a um aumento do número de licenciados e académicos portugueses no Reino Unido, alterando a demografia da comunidade portuguesa e enriquecendo ainda mais a cultura britânica.”

A vida de emigrante

Os seus pais vieram para o Reino Unido à procura de emprego em 1995. “É pouco provável que me mude para Portugal – os salários são baixos e Lisboa é uma vila em comparação com Londres.” Foi criado na grande cidade, “adoro estar aqui”. No entanto, “nos meus últimos anos de vida, é possível que passe mais tempo em Portugal,” refere o autarca.

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