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Sábado - 19 Julho 2025

EXCLUSIVO: Entre terras de Sua Majestade e a Lusitânia, onde impera a razão ou o coração?

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Transmontano de gema, mais concretamente de Bragança, Pedro Xavier, saiu de Portugal pelas mãos dos seus país quando tinha apenas 5 anos de idade. Radicaram-se na mítica cidade Britânica, em Londres na década dos anos 80. Pedro não se adaptou bem na terra de sua Majestade, e regressou ao pé dos avós no norte de Portugal. Andou num vai e vem, entre Londres e Bragança, e só se instalou “definitivamente” quando foi para a Universidade. Licenciou-se em Ensino de Inglês, Língua e Literatura Inglesa e Cultura Britânica e Comunicação Social, também fez uma pós-graduação em Relações Internacionais de Política. É um verdadeiro homem dos sete saberes.

Atualmente tem um consultório de Consultoria Jurídica e Contabilidade, e estão abertos há 23 anos. Tem advogados a trabalhar para si, em lei Inglesa e Portuguesa, qualificados em Portugal e no Reino Unido, onde tratam assuntos desde litígio, lei familiar, criminal, imigração, etc.

Tem um gabinete de Contabilidade, onde pretam serviços a várias empresas de pequeno e médio porte, e fazem todo o tipo de contabilidade. Bem como traduções oficiais. Com tradutores qualificados, prestando serviço a todos os que “nos procuram, não apenas a Comunidade Portuguesa, mas todos aqueles que necessitam dos nossos serviços.” Esclarece Pedro.

Quais são as as maiores preocupações dos que os procuram, e que assuntos pretendem ver resolvidos?

Pedro Xavier, revelou-nos que acompanham todo o tipo de assuntos, na altura da abertura do “Balcão do Emigrante”, um modelo que está na Suíça. A ideia foi tirada a partir do Reino Unido, Pedro já tinha um escritório aberto, “somos também um “Balcão do Emigrante”, porque fazemos um pouco de tudo, não só no Reino Unido, mas também em Portugal. O Mário, na altura quando abriu o Balcão do Emigrante, veio reunir comigo, e surgiu a ideia de abrir e expandir-se não só na Suíça, mas também na França, e em Portugal”, relembra.

No fundo “nós fazemos um pouco o que o Mário Fonseca faz, que é prestar um auxílio aos emigrantes, podemos chamar uma espécie de loja do cidadão, ou um “Balcão do Emigrante,” refere.

A ideia surgiu porque quando “terminei a minha licenciatura, “fui lecionar para uma escola, e depois acabei por fazer outra coisa totalmente diferente: fui trabalhar para o Estado Britânico durante alguns anos, numa zona de Londres, onde há mais portugueses, e era procurado por muitos conterrâneos que precisavam de várias coisas.” Relembra.

Não podia ajudar devido à posição que tinha, e o trabalho que fazia como funcionário Público, até que surgiu ideia de abrir “o meu próprio espaço e poder prestar esse auxílio, em assuntos tão simples como, por exemplo, escrever uma carta para o fornecedor do gás e da luz, porque a pessoa não compreendia, porque é que estava a pagar tanto de luz, ou por exemplo, ter um casal que estava em litígio, por causa do filho, tinham-se separado, e o pai queria ver o filho e a mãe não deixava. “Tive que procurar um advogado para os poder auxiliar. E daí surgiu ter que empregar advogados para prestarem serviço, e contabilistas para o desempenho das suas funções presencialmente. A dinâmica tinha mudado. De repente estava a entrar em áreas para as quais não me tinha formatado.” Afirma.

A sua empresa comporta uma logística humana e profissional muito díspar, para atender as necessidades dos que mais precisavam.

Inicialmente trabalhavam apenas com indivíduos, e a partir de 2009/2010, “começámos a prestar serviços a Empresas. Neste momento, na parte da contabilidade, temos um número considerável de empresas.” Menciona.

Os seus principais clientes são um misto! Diria que 90% são inglesas, porque apesar de muitas serem portuguesas, são registadas no Reino Unido, pagam impostos no Reino Unido. Também têm empresas com sede em Portugal, englobando algumas com nome que são conhecidas na Praça Pública e que decidiram internacionalizar os seus serviços.

Vieram para o Reino Unido, e “nós somos um ponto de referência através da Câmara do Comércio Luso-Português, no Reino Unido, que nos referenciou e que ajudamos a montar a operação, desde a abertura da empresa, aqui, até ao licenciamento.” Refere Pedro.

A sua Empresa chama-se PLS Consultants International. A sigla PLS nasceu por causa de “nós, inicialmente termos montado uma empresa que se chamava “Portuguese Lanuguage Services”. Mas depois os seus objetivos mudaram.” Explica Pedro Xavier.

Quantos clientes têm mais ou menos?

A empresa ao longo dos anos tem em carteira neste momento, por volta de 250 a 300 empresas individuais. E têm para cima de 20 mil clientes em carteira. E 12 funcionários.

Projetos de Futuro

“Já fiz tanta coisa e continuo a fazer, além da empresa, sou também diretor de uma escola bilíngue, a única escola Portuguesa-Inglesa no Reino Unido, uma escola primária, “faço parte do corpo diretivo dessa escola. O projeto que abracei em 2014, e abriu em 2020, é uma escola subsidiada pelo Estado Britânico, e reconhecida pelo Estado português.” Menciona.

Além disso, também já fez parte do Conselho diretivo de uma outra escola inglesa, uma escola secundária, onde trabalhou durante 6 anos, e foi Comissário de Igualdade, na Câmara local de Lambeth durante 7 anos.

Também é polícia voluntário desde 2013, na Scotland Yard, um projeto que abraçou, em modo de passatempo. É voluntário, não é remunerado, mas dá-lhe um gozo enorme porque aprende muitas coisas acerca da legislação, como por exemplo, o Networking. “Que me ajudou na minha própria empresa de perceber como é que os britânicos trabalham, além disso, em novembro de 2023, fui eleito para o Conselho das Comunidades Portuguesas, no Reino Unido, cargo que ainda desempenho.” Salienta.

Tem projetos de futuro, talvez uma candidatura à Câmara local de Lambeth. “Já fui convidado por dois partidos diferentes, ainda estou a ponderar se o vou fazer ou não”. “Mas os meus projetos de futuro são criar os meus quatro filhos e tentar continuar a servir a nossa Comunidade. Como tenho vindo a fazer ao longo destes 20 e pouco anos, e como membro dela.” Acrescenta.

É Presidente da secção do PSD no Reino Unido, cargo que ocupa desde 2018. “Trabalhei muito nesta última campanha na AD, com o candidato que foi eleito, pelo círculo da Europa, José Manuel Fernandes. E continuarei a trabalhar em prol das nossas Comunidades. À parte de partidos, como costumo dizer, o meu partido é a minha comunidade, e sempre em prol dos nossos portugueses residentes no estrangeiro.” Afirma.

Viver em Portugal está fora de questão, ou tem outros projetos.

“Eu já fiz uma tentativa em 2021, tentei regressar a Portugal, mas fi-lo na altura das férias da escola dos miúdos, e acabei por ficar só quatro semanas, porque eles não queriam ficar lá, eu como português, e bom português, regressaria à pátria amanhã, com todo o gosto. “Só que já tenho raízes aqui, tenho quatro filhos”, a mais velha, está a acabar o segundo ano da Universidade as outras estão no 11º ano, e os gémeos andam na quarta classe, por isso eu acho que regressar a Portugal para mim ainda está lá num horizonte longínquo, devido aos laços familiares.” Finaliza Pedro Xavier.

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