A cidade de Faro é uma das cidades mais a sul do pais, banhada pelo Atlântico. As águas são mais calmas e mais quentes, e são uma das maiores atrações turísticas de Portugal na época do verão. Mas Faro não se resume ao veraneio marítimo, também há outros pontos de atração turística, pelas ruas que fazem lembrar tempos mais antigos, e outras com um toque mais contemporâneo. A sua gastronomia, história, e paisagens naturais, são um verdadeiro cartaz de visita. Há uma comunidade de emigrantes relevante. Faro conta com cerca de 67 622 habitantes, mas nas épocas altas o número aumenta exponencialmente. Há muito por onde ir e visitar, e para quem gosta mais de passar o dia a apanhar banhos de sol, pode contar com as suas praias de areia branca e água azul turquesa. Mas nada melhor que ir e conhecer.
Os primeiros sinais de ocupação são do século IV a.C, período da colonização fenícia do Mediterrâneo Ocidental. Nessa altura, a cidade chamar-se-ia Ossonoba, sendo um dos mais importantes centros urbanos da região sul de Portugal e entreposto comercial baseado na troca de produtos agrícolas, peixe e minérios. Entre os séculos II a.C e VIII d.C, a cidade esteve sob domínio Romano e Visigodo, vindo a ser conquistada pelos Mouros em 713.
Durante a ocupação árabe o nome Ossonoba prevaleceu, desaparecendo apenas no séc. IX, dando lugar a Santa Maria do Ocidente. No séc. XI a cidade passa a designar-se Santa Maria Ibn Harun. Capital de um efémero principado independente no séc. IX, a cidade é fortificada com uma cintura de muralhas e o nome de Ossonoba começa a ser substituído pelo de Santa Maria, a que mais tarde se junta a designação de Harune, que deu origem a Faro.
Na sequência da independência de Portugal, em 1143, o primeiro Rei de Portugal, D. Afonso Henriques e os seus sucessores iniciam a expansão do país para sul, reconquistando os territórios ocupados pelos Mouros. Depois da conquista por D. Afonso III, em 1249, os portugueses designaram a cidade por Santa Maria de Faaron ou Santa Maria de Faaram.
Nos séculos seguintes, Faro tornou-se uma cidade próspera devido à sua posição geográfica, ao seu porto seguro e à exploração e comércio de sal e de produtos agrícolas do interior algarvio, trocas comerciais que foram incrementadas com os Descobrimentos Portugueses.
No séc. XIV a comunidade judaica começa a ganhar importância na cidade. Uma das suas figuras mais relevantes foi o tipógrafo Samuel Gacon, responsável pela impressão do Pentateuco em Hebraico, sendo o primeiro livro impresso em Portugal no ano de 1487. A comunidade de Faro foi sempre uma das mais distintas da região algarvia e das mais notáveis do país, contando com muitos artesãos e muita gente empreendedora.
A manifesta prosperidade dos judeus farenses no séc. XV é interrompida pelo Édito emitido por D. Manuel I, em dezembro de 1496, no qual os expulsa de Portugal, caso não se convertessem ao catolicismo.
Assim, oficialmente e, só neste sentido, deixaram de existir judeus em Portugal, o que, como é óbvio, também aconteceu em Faro. No local onde estava implantada a judiaria, na Vila Adentro, foi erigido o Convento de Nossa Senhora da Assunção (hoje o Museu Municipal), com o patrocínio da Rainha D. Leonor, esposa de D. Manuel I.
Este monarca promoveu, em 1499, uma profunda alteração urbanística com a criação de novos equipamentos na cidade – um Hospital, a Igreja do Espírito Santo (Igreja da Misericórdia), a Alfândega e um Açougue – fora das alcaçarias e junto ao litoral.
Em 1540, D. João III eleva Faro a cidade e, em 1577, a sede do bispado do Algarve é transferida de Silves. Em 1596 o saque e o incêndio provocados pelas tropas inglesas lideradas pelo Conde de Essex danificaram muralhas e igrejas, provocando elevados danos patrimoniais e materiais na cidade.
Os séculos XVII e XVIII são um período de expansão para Faro, cercada por uma nova cintura de muralhas, durante o período da Guerra da Restauração (1640/1668), que abrangia a área edificada e terrenos de cultura, num vasto semicírculo frente à Ria Formosa.
Em 1 de novembro de 1755, a cidade de Lisboa é arruinada por um grande terramoto que devido à sua intensidade provocou, igualmente, estragos em outras cidades do país, sobretudo no Algarve.
A cidade de Faro sofreu danos generalizados no património eclesiástico, desde igrejas, conventos até o próprio Paço Episcopal. As muralhas, o castelo com as suas torres e baluartes, os quartéis, o corpo da guarda, armazéns, o edifício da alfândega, a cadeia, os conventos de S. Francisco e o de Santa Clara, foram destruídos e arruinados.
Até finais do séc. XIX, a cidade manteve-se dentro dos limites da Cerca Seiscentista. O seu crescimento gradual sofre um maior ímpeto nas últimas década.
Estes dados, podem ser encontrados no site (https://www.cm-faro.pt/pt/menu/78/faro-na-historia.aspx), que o Presidente da Câmara de Faro convida (e a todos os leitores do Jornal Comunidades Lusófonas) a visitar!
O concelho de Faro tem um total de 67 622 habitantes1. A União de Freguesias da Sé e S. Pedro, que correspondem às freguesias da cidade em si, tem um total de 46 2992.
Faro, como toda a região Algarvia, tem no Turismo uma imensa riqueza, geradora de emprego, de visibilidade e notoriedade, de criatividade. O número de visitantes que recebem é muito alto, sobretudo se considerandos que o aeroporto de Faro, porta de entrada da maioria deles (e são muitos: 9,64 milhões de passageiros3!), situa-se no nosso território.
A região assinalou, em 2023, valores recorde de visitantes: 5,13 milhões de hóspedes (um dos principais indicadores deste sector), o que significa que superou, tal como em 2019, os cinco milhões, culminando a procura de turistas nacionais e internacionais num crescimento de 1,4% face ao ano pré-pandemia e uma subida de 7,7% quando comparado com 2022.
Se considerarmos os proveitos globais da hotelaria, entre janeiro e novembro, eles superaram os 1500 milhões de euros no Algarve, mais 9,5% que o total dos 12 meses do ano anterior. Comparando os mesmos 11 meses de 2023 com o total do ano 2019, o acréscimo de receitas é ainda “mais expressivo”: 27%.
E temos no Turismo “a nossa grande riqueza”, já não apenas por causa do sol e do mar, mas “porque temos uma oferta de produtos turísticos muito diferenciada, que vai desde o Desporto” (com a náutica, no concelho de Faro, a assumir um papel de grande destaque), da Gastronomia, do Património (a cidade tem uma herança cultural que abrange, “como já disse, um largo período temporal e toca diversas culturas e religiões, destacando-se os nossos Museus pela sua excelência – por exemplo, o Museu Municipal de Faro este ano teve 38 223 entradas, número que supera o anterior máximo, atingido em 2019, que foi de 36 516). E temos o Ambiente, que, em Faro, é sinónimo de “Ria Formosa”, este Parque Natural único, que inclui as maravilhosas ilhas da Culatra, Farol, Deserta e a Praia de Faro, ecossistema que traz a nós, não apenas os apreciadores da praia, mas os observadores de aves e da vida subaquática, os desportistas náuticos, enfim, uma panóplia de pessoas que garantem, cada vez mais, que somos um território atrativo todo o ano.”
A Convenção-Quadro sobre o valor do Património Cultural para as Sociedades, conhecida como Convenção de Faro, importante documento que une todos os estados-membros do Conselho da Europa desde 2005, reconhece o “valor” do património histórico e da cultura para as sociedades e para o direito de participação dos cidadãos na vida cultural, conforme consta da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Património e cultura são considerados realidades dinâmicas, promotoras de desenvolvimento sustentável e de diálogo intercultural, consequência de uma fecunda dialética entre o que recebemos e o que legamos. “E acrescento, também o Turismo, enquanto atividade que permite a promoção e fruição de todas as nossas riquezas.”
Faro manifesta, quotidianamente, que é uma referência nacional nestas áreas:
Com importantes nomes das artes a fazerem germinar uma imensa herança e vida cultural, como é o caso de António Ramos Rosa, Teresa Rita Lopes, Gastão Cruz, Luís Ene, Pedro Afonso, Manuel Baptista, Vicente Brito, entre muitos outros;
Com equipamentos de excelência, como o Teatro das Figuras, ou o Museu Municipal (que alberga o Mosaico Romano do Deus Oceano, o primeiro Tesouro Nacional do Algarve), ou a Biblioteca Municipal (que integra a rede de Bibliotecas da UNESCO);
“Com atrações turísticas e ambientais únicas (já mencionei a Ria Formosa);”
Com o seu reconhecimento como “Estação Náutica”, transformando-se num de 40 parceiros, que atrairão iatistas de todo o mundo;
Com eventos que marcam o panorama cultural nacional, como o Festival F, o FolkFaro – Festival de Folclore internacional da cidade de Faro, ou o Açoteia – Faro Rooftop Festival, ou, ainda, com exposições feitas em parceria, por exemplo, com a Fundação Serralves;
Com a atribuição de assento no Observatório das Cidades Culturais e Criativas da União Europeia, precisamente pelo nosso dinamismo cultural e economia criativa.
Dizia Guilherme de Oliveira Martins, que presidiu à redação da Declaração de Faro, que ela enfoca naquilo que «é pertinente na sociedade: os valores éticos e a cultura». Estes são perenes, permitem-nos perspetivar o que foi o nosso passado, mas são, sobretudo, ferramentas transformadoras do futuro!
“Mas se quer que lhe diga mesmo qual o maior tesouro que possuímos, eu digo: as pessoas, as nossas gentes, que são acolhedoras e sabem receber; que valorizam o seu património material e imaterial; que são empreendedoras e criativas. Elas fizeram com que tivéssemos uma Universidade de Topo, centros de inovação de qualidade, um sector da restauração/hospitalidade com características únicas. Primam pela qualidade, porque gostam da sua terra e, isso, é a maior riqueza que podemos ter, pois serão sempre nossos aliados em todos os desafios que possamos ter de enfrentar, como aconteceu na pandemia provocada pela COVID-19.”
“Faro é, cada vez mais, uma cidade que marca e que tem um lugar de destaque no panorama nacional. É capital da região e prova-o, com iniciativas como as que tenho vindo a descrever. Ainda assim, há aspetos da nossa vida que gostaria de ver melhor resolvidos. Dou três exemplos:”
A Habitação – Têm, em vigor, a “Estratégia Local de Habitação do Município de Faro 2018-2030” (ELHF), um documento aponta como pretensão da autarquia a construção de mais habitação e a aquisição de casas. Bem como o arrendamento, para posterior subarrendamento, em regime de renda acessível.
Assim como a oferta de habitação a custos controlados, com o objetivo de apoiar, prioritariamente, indivíduos e famílias jovens, permitindo-lhes fixarem-se no concelho. Todas estas soluções serão dispersas por zonas habitacionais existentes e resultam de um problema que não é sequer e só nacional ou europeu, mas verdadeiramente mundial: a dificuldade de habitação.
A proposta prevê um investimento direto próximo dos 80 milhões de euros, que equivale, mais precisamente, à construção para atribuição em regime de renda apoiada de 211 fogos; à aquisição de 150 fogos; ao arrendamento (para subarrendamento) de 100 fogos; à consideração da existência do Centro de Alojamento de Emergência Social (CAES) e dos apartamentos partilhados, que correspondem a 60 vagas; à construção de uma Casa Abrigo, pela Fundação Vítor Reis Morais (destinada a vítimas de violência doméstica), para 18 pessoas; e à habitação a custos controlados superior a 800 fogos.
Esta estratégia, em conjunto com a “Carta Municipal de Habitação” (em preparação), permitirão que a política municipal de habitação seja um fator importante na ajuda às famílias, cada vez mais pressionadas por estas despesas e, com o acompanhamento social (feito pelos serviços da autarquia), em conjunto, serão fatores chave para a diminuição de situações de segregação e aumento da integração e coesão.
As Acessibilidades – dentro da cidade e no concelho, “temos vindo a apostar no apoio aos que têm empresas e fornecem serviços de transporte, mas as ligações para fora do concelho e para a nossa região vizinha da Andaluzia ainda são deficientes.”
“Para nós é prioritário que se aposta nos transportes coletivos,” nomeadamente na ferrovia e nas ligações e possibilidade de intermodalidade, que são conducentes a uma governança promotora da sustentabilidade. “É prioritária a criação de uma nova ligação ferroviária transeuropeia, que una Algarve – Huelva – Sevilha, conectando os Aeroportos internacionais de Faro e Sevilha! Este investimento estratégico, que conta com o apoio e suporte das associações empresariais de ambos os países, da Junta de Andaluzia e dos Municípios do Algarve (em particular, aquele a que eu presido), impulsionará mudanças estruturais e potenciadoras do desenvolvimento económico e social, nas duas principais regiões turísticas ibéricas – o Algarve e a Andaluzia. Num momento em que procuramos recuperar da crise provocada pela COVID-19, é mais importante, ainda, apostar neste projeto, promovendo uma mobilidade eficiente e não poluente, que permita o intercâmbio de populações e a dinamização de fluxos turísticos.”
A Saúde – “Continuo a lamentar as carências na prestação de cuidados de saúde na região e gostaria de saber (aliás, já questionei o governo sobre esse tema), qual o destino a dar às atuais instalações do Hospital de Faro (Centro Hospitalar Universitário do Algarve), quando o futuro Hospital Central do Algarve, anunciado há mais de duas décadas, for finalmente uma realidade – se é que vai ser!
“A crescente degradação do Serviço Nacional de Saúde na região, em particular no Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), devido à crónica falta de meios humanos, entre enfermeiros e clínicos, nomeadamente especialistas, associada à falta de condições, espaços e equipamentos condignos, é algo que nos preocupa muito e que não depende da autarquia resolver, mas que temos empenhado todos os esforços possíveis para ver resolvido. Quem sabe, a criação do novo Hospital Central do Algarve possa servir para atrair recursos humanos qualificados e especializados. Queremos, sobretudo, um serviço de qualidade para farenses, algarvios e visitantes.”
Os dados estatísticos, sobre os emigrantes, oficiais que dispõem são retirados do INE , e dizem respeito ao número de hóspedes, dormidas e proveitos dos visitantes nacionais e estrangeiros que visitam anualmente o concelho de Faro, ou seja, os principais indicadores relativos ao desenvolvimento turístico. “Não temos dados quantificados do número de visitantes geral, pois recebemos viajantes do mundo inteiro e chegam a Faro das mais variadas formas, desde a via aérea (Aeroporto de Faro) até à terrestre (rodoviária, ferrovia, mar, EN2).”
Em termos de hóspedes, Faro teve cerca de 360 000, em 2023.
A Capital do Algarve aposta na promoção dos seus principais produtos turísticos, desde o património histórico e natural, com destaque para a Ria Formosa e as suas ilhas com praias de excelência, passando pela oferta náutica, a gastronomia, a cultura e o lazer. Vivenciar o ponto final de chegada dos 738 quilómetros da mítica Estrada Nacional 2, conhecer a história e o património da cidade, degustar a gastronomia tradicional, praticar desportos náuticos (destacando o Centro Náutico da Praia de Faro), passear – na Ria Formosa (que é considerada uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal) e percorrer algumas das suas mais belas ilhas e praias, são algumas das experiências possíveis realizar, com o objetivo de divulgar o destino Faro, no mercado nacional e internacional.
Nos bairros do centro histórico da cidade destacam-se imensos pontos de interesse, nomeadamente ao nível do património histórico e arquitetónico (de referir que, na Vila Adentro, encontram espaços monumentais, como a Sé, o Paço Episcopal, o Museu Municipal de Faro, a muralha, a os belíssimos arcos da Vila e do Repouso).
Para além de tudo isto, há, ainda, uma oferta cultural diversificada e de grande qualidade, desde concertos, exposições, festivais (destacando-se a mundialmente conhecida concentração motard de Faro e o Festival F), teatro, complementada com uma vida noturna cosmopolita, recheada de propostas para todos os gostos e escolhas, posicionando o destino para um turismo ao longo de todo o ano.
“Sabemos, por termos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), que a população estrangeira com estatuto legal de residente (N.º) por Local de residência é, no concelho de Faro e segundo os últimos Censos, de 10 3224. Ou seja, o total de imigrantes no concelho.”
Quanto aos emigrantes, “não temos dados mais relacionados com o concelho. Sabemos que, os Censos de 2021 nos dizem que 6,9%5 dos cidadãos portugueses por cada 1000 residentes saiu do país para viver no estrangeiro. Dados do Observatório das Migrações6 dizem-nos que, em 2020, existiria um total de 2,081,419 portugueses emigrantes, permanecendo 1,451,252 na Europa, 579,178 na América e 50,989 noutros destinos.”
Tradicionalmente, os algarvios partiam para Alemanha, Inglaterra, França, mas esse panorama, com a globalização, mudou muito e sabemos que temos emigrantes nos EUA, Canadá, Austrália, enfim, um pouco por todo o mundo. “Números específicos não disponho.”
Para quem pensa regressar: Que se informem bem, o mais possível, juntos dos serviços e de outros que possam ajudar, nomeadamente na integração no ensino, na vida profissional, nas obrigações financeiras ou possíveis ajudas a esse nível que possam beneficiar, que tenham toda a documentação certa para usufruírem dos serviços públicos e que sejam criativos, procurando trazer para o nosso concelho ideias, projetos, negócios que sejam diferenciadores e potenciadores de crescimento, não apenas individual, mas da comunidade.
1– Fonte para os dados numéricos: INE. Censos 2021, https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0012380&contexto=bd&selTab=tab2
2– Fonte para os dados numéricos: INE. Censos 2021, https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0012380&contexto=bd&selTab=tab2
3– Fonte para os dados numéricos Tourism News, Revista, https://tnews.pt/algarve-regista-em-2023-numero-recorde-de-513-milhoes-de-hospedes/ e RTA, Conjuntura Turistica 3º Trimestre 2023, https://cms.visitalgarve.pt//upload_files/client_id_1/website_id_3/Biblioteca/2023/2023_T3_CONJ_TUR_ALGARVE_37_v2.pdf
4 – Fonte: INE, 2021, https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0009107&contexto=bd&selTab=tab2
5 – Fonte: INE, PORDATA, https://www.pordata.pt/portugal/emigrantes+por+mil+habitantes-832
6 – Fonte: Observatório da Emigração, https://observatorioemigracao.pt/np4/1315/