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Sábado - 19 Julho 2025

Exclusivo: “Felizmente temos um supermercado mas não é barato!”

Destaques
Nome: Filipe Silva

Idade: 49 anos

Onde vive: Díli, Timor-Leste

Há quantos anos está fora de Portugal: 25 anos

Profissão: Professor, mas neste momento estou a desempenhar funções de Assessoria no Ministério do Ensino Superior em Timor-Leste

Como é que faz para matar as saudades de Portugal: Felizmente temos um supermercado mas não é barato, tem produtos portugueses, já não há aquela saudade como no início da comida portuguesa, felizmente vamos tendo acesso.

Também o facto de agora haver WhatsApp e outras ferramentas, de vídeo, também permite falar com a família, que nos primeiros tempos foi muito desafiante, mas hoje em dia felizmente as coisas são melhores. E eu e a minha esposa e as minhas duas filhas estão cá, e usamos muito as novas tecnologias e as saudades vão-se diluindo.

Mas claro que é sempre muito bom quando temos acesso e podemos estar presencialmente com a família.

Aqui em Díli há alguns restaurantes portugueses de pessoas, os donos são portugueses e a comida é portuguesa.

Há bastantes portugueses aqui, mas temos duas questões diferentes, há muitos luso-timorenses, ou seja, pessoas que têm dupla nacionalidade são timorenses e portugueses. Nesse caso haverá centenas de milhares se calhar. Mas expatriados, ou seja, pessoas que vêm de Portugal para lá trabalhar em Timor por períodos curtos e que vão e vêm, diria que neste momento havemos de ser conjuntamente com os professores, juristas e empresários, alguns técnicos especializados, 700, 800 no máximo.

Para mim a experiência da imigração foi um desafio, uma aventura no início, aliás, eu disse quando me entrevistaram para ir para Timor, perguntaram-me o que é que eu estava à espera de encontrar, e eu, na altura, disse, já tinha ido ao “Coronel Tapioca”. Foi ir um bocadinho à aventura, enquanto jovem também. Mas a forma como tenho sido tratado, tem sido um enriquecimento pessoal e profissional muito importante. Eu acho que saí de Portugal para conhecer novas realidades, ter experiências profissionais, também longe do nosso país. Por vezes, obviamente que há situações em que não é assim, mas no meu caso pessoal foi um enriquecimento pessoal muito importante.

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