Em entrevista à Delta Cafés, Alberto Pinto, Diretor de Inovação, marketing e Estratégia do Grupo Nabeiro-Delta Cafés, referiu ao Jornal Comunidades Lusófonas que a marca está sólida no mercado nacional e no estrangeiro. Competem com os melhores cafés do mundo e não se acanham em mostrar-se pela qualidade, que é o que não falta na Delta Cafés. Segue-se a entrevista onde são detalhas as estratégias da marca, e o sucesso da mesma.
Temos um percurso sólido e consistente, tanto no território português como além-fronteiras. Com mais de 60 anos de história, somos líderes na categoria em Portugal e estamos no top 50 mundial, o que muito nos orgulha.
Atualmente estamos presentes, diretamente, em Espanha, França, Luxemburgo e na Suíça, no continente europeu. Temos também presença direta em Angola, no Brasil e na China. A estas geografias acrescem cerca de outros 35 países onde também já estamos através de distribuidores.
Mas não queremos ficar por aqui. A nossa ambição é chegar ao top 10 e, para isso, os mercados internacionais são uma das prioridades estratégicas do grupo. Queremos continuar a nossa expansão internacional abrindo e conquistando novos mercados.
Temos um potencial de crescimento muito interessante. E o caminho poderá ser, obviamente se o contexto o permitir e se as oportunidades aparecerem, não apenas orgânico, mas também através de aquisições que contribuam para crescer mais depressa, como é o caso da Suíça onde, recentemente, adquirimos uma empresa de distribuição que vai permitir que o nosso café, e os restantes produtos que comercializamos, chegue a mais consumidores.
O mercado Brasileiro
Entrámos no mercado brasileiro em 2004, com um parceiro local, lançando no Brasil as primeiras coffee shops com assinatura DeltaExpresso, que nos permitiram colocar os nossos melhores cafés em mais de 75 pontos de venda localizadas, sobretudo, em centros comerciais, aeroportos mas também noutras zonas com tráfego elevado. Fomos diferenciadores no conceito da cafetaria de marca, fomos inovadores na vasta gama de café que apresentamos e com essa oferta diferenciada e de valor ganhamos o carinho e preferência de muito consumidores Brasileiros.
Em 2012 decidimos avançar com a abertura de empresas no Brasil, nomeadamente em São Paulo, com a constituição da Delta Foods e iniciámos a venda de cápsulas Delta Q num dos principais retalhistas. A partir daí fomos alargando a nossa presença, em mais clientes de retalho alimentar, mas também na restauração.
Pouco depois, arrancámos com uma parceria no estado do Espírito Santo, a QBrasil, com um parceiro local, onde para além da distribuição dos nossos produtos nos diversos canais temos também uma cafetaria Delta Q no mais prestigiado Centro Comercial de Vitória.
A nossa proposta de valor baseada na qualidade dos nossos produtos e na diferenciação com um sistema de café expresso em cápsula, Delta Q, sempre fizeram a diferença e foram as principais razões para a valorização da nossa presença na terra do café.
No que toca às exportações não registaram quebras nos mercados internacionais, antes pelo contrário, “2023 foi mais um ano de forte crescimento. E continuamos confiantes na nossa capacidade em continuar a nossa expansão internacional, a um ritmo forte, durante os próximos anos.”
Pretendem expandir ainda mais para o mercado externo e a “nossa ambição é continuar a expansão da nossa presença geográfica internacional e, por isso, estamos atentos e a estudar a entrada mercados que consideramos prioritários para a Delta Cafés”.
A emigração portuguesa também desempenha um papel importante nas exportações. Para quem já emigrou, a coisa que mais sente falta é um cafezinho expresso logo pela manhã.
Muito do caminho que trilhámos internacionalmente começou precisamente pelas comunidades portuguesas no estrangeiro. Essa ligação não só se manteve como se tem vindo a reforçar ao longo dos anos. E assim continuará no futuro, pois estaremos sempre junto das nossas comunidades. Sabemos que beber um café Delta é estar um pouco mais próximo do nosso país e os nossos emigrantes são os melhores embaixadores que poderíamos desejar para a nossa marca.
Para este ano “temos a expectativa que 2024 seja outro ano de forte crescimento internacional. A nossa ambição é continuar a trabalhar para chegar ao top 10 de café a nível mundial.” Para isso, precisam dos mercados internacionais, reforçando a “nossa presença onde já estamos e também conquistando novas geografias”, fazendo com que “o nosso café possa ser experienciado cada vez mais pelo mundo.”
Estão a realizar investimentos estratégicos na fábrica em Campo Maior, num plano de modernização a 10 anos, que vai dotar esta unidade de uma maior capacidade instalada, não apenas ao nível de equipamentos, mas também de armazenamento e processamento de café verde. “É um investimento que nos vai deixar preparados para o futuro e para as novas exigências do mercado nacional e internacional.”