Nome: Ricardo Baptista
Idade: 32 anos
Profissão: Pós-Doutoramento (Incoming Professor) Professor Universitário
Onde vive: Califórnia
O que faz para matar as saudades de Portugal: Falo todos os dias com os meus pais em português a e tento também falar com outros membros da minha família. Quando posso oiço notícias em português, e poddcasts portugueses. Quando era mais novo lia também vários livros na língua de Camões. E, até ao presente continuo a ver televisão em português, mas os podcasts são mais fáceis de ouvir.
Costumo ir várias vezes a Portugal, aliás vim de lá esta manhã. Fui para a Europa na quinta-feira, a trabalho, aproveitei para passar o fim de semana em Ovar com a minha avó e a minha mãe.
Sempre que tenho oportunidade e vou à Europa, vou a Portugal. Em setembro lá estarei, para estar com a minha família.
Procuro ir a conferências ao país, eu acho que é importante. Estive lá, há um ano, em Dezembro, para uma conferência Internacional de Estatística. E também em Agosto na Conferência que foi organizada pelo doutor Mário Monteiro, de Guelph, no Canadá.
Tento trazer pessoas de fora de Portugal para falar sobre a ciência que é a feita por descendentes portugueses, mas também do país, para haver mais ligação há entre todos os cientistas que estão a trabalhar por esse mundo fora. A conferência foi em português, mas foi internacional, para terem esta ligação com o nosso país. Eu acho que isso é extremamente importante.
Uma coisa que eu quero continuar a fazer, é que haja mais esta ligação entre a minha vida científica com a cultura portuguesa, poder usar os meus conhecimentos, e também contribuir para Portugal. Eu acho que é muito importante. Estas conferências são uma maneira de fazer isso. Poder divulgar algum do meu trabalho em Portugal também para benefício dos portugueses.
Muitas pessoas com quem me tenho relacionado, têm muito boa impressão de Portugal, em alguns casos, por terem ido a estas conferências que são organizadas em Portugal, mas na maioria das vezes por causa do turismo. Também gostam da beleza do país ou da natureza nos Açores, que é uma coisa que eu tento promover também, a história e de outras paisagens, ebem como a cultura.
Como turistas têm uma boa impressão de Portugal. Mas eu gostava que esses e outros turistas, tivessem uma imagem completa do país. Uma perspetiva mais alargada, não visitar apenas certos lugares turísticos e vivenciarem o dia a dia. Por exdemplo no plano da gastronomia, tento explicar que há uma enorme variedade de pratos, bem como o dia a dia da atividade cultural Portuguesa. Eu acho um bom exemplo a música que nós temos. Considero-a com muito boa qualidade. Alguns artistas são conhecidos internacionalmente, por exemplo, eu tive a oportunidade de ir ao concerto da Marisa em Los Angeles em Outubro e, felizmente, a maioria das pessoas que estavam lá não eram portugueses, e isso é positivo.
Retomando a culinária, o meu prato preferido e que comi este fim de semana foi bacalhau com natas, claro eu como também outras coisas, e há outros pratos de bacalhau, e uma enorme variedade gastronómica. Também gosto de sopa em geral, e de de vários legumes, estou a lembrar-me o caldo verde que se faz muito em São Miguel, nos Açores. Também gosto de rissóis de camarão, vinho do Porto e da francesinha, quando lá vou como sempre uma. Já procurei noutros lugares que tentam fazer as francesinha, mas não conseguem chegar às do Porto, nomeadamente as do “Capa Negra”.
