O Jornal Comunidades Lusófonas esteve à fala com Sandra Carvão, Diretora de Inteligência de Mercado e Competitividade da ONU Turismo. Portugal aderiu a esta Agência em 1976. Sandra Carvão trabalha para esta Organização, na capital espanhola, Madrid. Contou-nos o que faz a Agência e a sua relevância no mercado dos países que fazem parte ao nível local e internacional, no setor do Turismo.
Sandra Carvão é lisboeta, estudou no Instituto de Ciências Sociais e Politicas da Universidade de Lisboa (ISCP), em Relaçoes Internacionais, ramo económicas onde terminou a sua formação em 1995. Em Madrid fez uma pós-graduação em Marketing, na Universidade Complutense.
Revelou-nos que a anterior OMT (Organização Mundial de Turismo), hoje com uma nova marca desde janeiro de 2024 – ONU Turismo, surge através de uma oportunidade de trabalho na área de estudos desta Organização Especializada das Nações Unidas em 2003. Nesse momento estava a trabalhar no atual Turismo de Portugal na área de promoção. Atualmente encontra-se a trabalhar em Madrid, nesta Agência das Nações Unidas.
Considera que o maior desafio mas também o mais enriquecedor foi em adaptar-se a trabalhar com mais de 30 nacionalidades e entender a cultura de trabalho e de relacionamento de cada um. Pessoalmente “posso dizer que Espanha, e Madrid, são destinos muito acolhedores, onde me sinto em casa desde sempre”, refere Sandra Carvalho. No entanto sempre ficam as saudades da família que estando tão perto são mais fáceis de gerir.
A ONU Turismo é a agencia especializada das Nações Unidas para o Turismo. Foi criada há exatamente 50 anos, com o mandato de transformar o turismo num sector que contribui a transformação positiva e a realizaçao dos 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável. A Organizaçao com sede em Madrid, trabalha para melhorar a competitividade, inclusão e sustentabilidade económica, social e ambiental do turismo.
A ONU Turismo tem 160 Estados Membros, seis Associados e cerca de 500 membros afiliados que representam o setor privado, as instituções de educação e os destinos locais.
As questões mais importantes e relevantes para a WTO, são a sustentabilidade económica, social e ambiental – “trabalhamos com os governos nacionais, o setor privado e as restantes agências do sistema das Nações Unidas, para que o setor turístico contribua para melhorar as condições de vida das populações, que seja um elemento de melhoria, integração e empoderamento das comunidades locais, assim como um veículo para a preservação cultural.
Da mesma forma, “avançamos na formação, educação e inovação para que o setor possa criar mais e melhores empregos em toda a cadeia de valor, assim como nos sectores ligados ao turismo, como sejam a agricultura.” finaliza a funcionária das Nações Unidas.
