O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, encerrou a conferência A Diáspora Portuguesa na União Europeia, no dia 30 de janeiro, no Parlamento Europeu, com um forte apelo ao reforço das políticas públicas que valorizem o contributo da diáspora portuguesa para o desenvolvimento do país.
Na intervenção de fecho, Rangel destacou que a experiência internacional dos portugueses no estrangeiro representa uma mais-valia inestimável para a economia, a sociedade, a academia e a cultura portuguesas.
“A diáspora portuguesa não deve ser vista apenas como uma comunidade distante, mas como um ativo estratégico para Portugal,” afirmou o ministro, sublinhando que o conhecimento adquirido noutras economias e culturas pode ser fundamental para fortalecer a competitividade nacional.
Diáspora como motor de crescimento económico e social
O governante reforçou a necessidade de aproximar os emigrantes portugueses do país, criando condições que incentivem o seu regresso e participação ativa no desenvolvimento nacional. Entre os temas destacados estão o impacto da diáspora no mercado habitacional, na criação de emprego jovem e no empreendedorismo.
“A nossa estratégia deve focar-se em aproveitar o talento dos jovens portugueses no estrangeiro, permitindo-lhes contribuir para o país sem barreiras artificiais,” sublinhou Rangel.
O ministro destacou ainda a importância das redes internacionais construídas pela diáspora, que devem ser potenciadas através de políticas públicas robustas.
Compromisso do Governo com a diáspora
Paulo Rangel garantiu que o governo está comprometido em incorporar as reflexões e propostas discutidas na conferência nas políticas públicas.
“Nem todos os documentos aqui apresentados serão implementados de imediato, mas as ideias debatidas terão um impacto real nas decisões políticas e estratégicas do governo,” assegurou.
O evento, que reuniu líderes políticos, académicos, representantes da diáspora e especialistas, destacou o papel fundamental da diáspora portuguesa na economia global, na inovação e na representação internacional de Portugal.
“Portugal precisa da sua diáspora e deve apostar no seu envolvimento para construir um futuro mais forte e competitivo,” concluiu o ministro, encerrando uma conferência que reafirmou a centralidade da diáspora na estratégia de crescimento do país.
A conferência A Diáspora Portuguesa na União Europeia terminou com um apelo claro à ação, destacando que os portugueses espalhados pelo mundo são parceiros essenciais no futuro de Portugal.
Autoria de Marisa Borsboom, correspondente do Jornal Comunidades Lusófonas no BENELUX