Nome: Inês Peixoto
Idade: 41 anos
Profissão: Enfermeira
Onde vive: Luxemburgo
O que que faz para matar as saudades de Portugal: Vou várias vezes a Portugal por ano, cerca de 5 ou 6 vezes ano. Os meus pais estão lá, a minha, e o meu sobrinho também. As minhas pessoas estão lá, estão em Almada, e para matar as saudades, praticamente todos os dias falo com eles.
A comida aqui nas festas associativas come-se muito bem, ou melhor que em Portugal, há de tudo, desde que comida do Norte, ao Sul, as associações fazem tudo. Eu costumo dizer que a associação tem o poder de nos fazer e fazer sentir portugueses fora de Portugal, mesmo a 2000 mil quilómetros de distância, porque, quando estamos numa festa ou num encontro associativo, é como se estivéssemos em Portugal, mas o que me custa muito é o mar, a falta dele.
O nosso Atlântico, a nossa costa, é algo que não dá para substituir por nada, a família consigo trazer e falar, mas o mar não consigo.
Como conselheira, eu penso que as pessoas para emigrar têm que se preparar, têm que se informar para o país onde vão. Dirigir-se aos os gabinetes de apoio ao emigrante em Portugal, que são 180. Ver todos os procedimentos que têm que fazer, ter um contrato e uma morada de residência para não cair em situações de fragilidade.
Os apoios estão lá, com o Gabinete de Apoio. Agora as pessoas têm fazer o trabalho de casa, não é porque uma amiga, uma vizinha, uma prima, tudo correu bem. Nós esperamos que tudo corra sempre bem, mas infelizmente há cada vez mais situações delicadas que acontecem, porque as pessoas não se informaram corretamente.
A minha mensagem aos políticos: Não deixem aumentar ainda mais a taxa de mortalidade infantil. Tentem agarrar os profissionais de saúde que ainda estão, tratem-nos bem, mimem-nos muito, para eles não terem vontade de sair, porque a saúde é essencial para todos.
