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Sexta-feira - 18 Julho 2025

Exportações do setor mobiliário cresceram 12% em 2022

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O ano de 2022 foi um ano muito próspero para o setor mobiliário no que toca às exportações. O design, a tecnologia, o know how, aliada à qualidade e inovação em algumas matérias-primas usadas no setor, são vistas com bons olhos pelos mercados estrangeiros, traduzindo-se 2022 num dos melhores anos referente ao mercado externo.

“O valor das exportações foi superior ao ano de 2021, atingindo um valor record para o setor”, quem afirma é Gualter Morgado, Diretor Executivo da APIMA (Associação Portuguesa das Industrias de Mobiliário e Afins).

O trabalho nos diferentes mercados está longe de estar terminado, “é necessário continuar a apostar na promoção do reconhecimento das marcas portuguesas, pois se junto de um público profissional já o vamos tendo, junto do público em geral ainda há muito a fazer”.

O valor atingido em “2022, cerca de 2 mil milhões de exportações de mobiliário, estofos e colchoaria”, foi o mais alto de sempre, mesmo em comparação com o pré-Covid 2019 que tinha sido o melhor ano de sempre.

Até ao momento “dispomos apenas os dados das exportações, as contas das empresas são encerradas até final de março e apresentados até final de maio”.

Os primeiros mercados são a França, bem como, Espanha, EUA, Alemanha e Reino Unido, sendo que os EUA e o Reino Unido, os que mais cresceram em 2022 face ao ano anterior, bem acima dos 20%.

O segredo das elevadas exportações têm a ver com o “look” atrativo e ousado, as matérias-primas, a tecnologia e todos esses fatores contribuem para a escolha do consumidor, desde o design à qualidade do produto, “mas o crescente número de marcas portuguesas reconhecidas internacionalmente e o aumento do valor dos produtos ligados ao Made in Portugal Naturally, serão provavelmente os principais fatores”. Salienta Gualter Morgado.

A maior quota de mercado é do mobiliário doméstico, mas a componente de serviço associado ao projeto (designers, decoradores e arquitetos) e o “contract” (hotelaria), tem vindo a crescer de forma sustentada.

“A indústria portuguesa tem sabido reagir a todas estas adversidades, demonstrando uma capacidade de adaptação inigualável.”

Estamos no primeiro trimestre de 2023, já há bons indícios nas exportações?

Neste momento os valores estão em linha com o ano de 2022, “mas ainda é cedo para realizar projeções”, ainda mais, os últimos anos tem colocado desafios complexos à indústria, “primeiro o COVID-19, depois a interrupção dos circuitos de distribuição a nível mundial”, acompanhados de um aumento extraordinário dos “preços das matérias primas”, “agravados pelo início da guerra na Ucrânia” e agora o “efeito inflacionista e o aumento das taxas de juro”.

A indústria portuguesa tem sabido reagir a todas estas adversidades, demonstrando uma capacidade de adaptação inigualável, mas com imensas dificuldades e sacrifícios, mas superando os obstáculos e “demonstrando uma resiliência que nos caracteriza” nos momentos mais difíceis, “colocando o melhor que há em nós para resolver todos os problemas”. Termina desta forma o Diretor Executivo da APIMA (Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins).

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