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Quarta-feira - 15 Janeiro 2025

Festival: Porto capital da percussão

Destaques


O Baterista alemão Morritz Müller é a última confirmação no programa da 5.ª edição do festival, que também receberá os portugueses Mário Costa (melhor disco de jazz nos Play – Prémios de Música Portuguesa) e Alexandre Frazão, na Alfândega do Porto, de 25 a 27 próximos. O Festival é um dos mais bem organizados da Europa na especialidade e está cada vez mais multifacetado. Bill Evans, Vincen García, Chris Coleman, Ash Soan, Keith Carlock, Craig Blundell, Thomas Lang, Camille Bigeault no cartaz do Porto Drum Show 2024, são os nomes dos mais conceituados a atuar.

O alemão Morritz Müller, um dos grandes valores da nova geração de bateristas mundiais e membro da banda The Intersphere, é a mais recente entrada no cartaz do Porto Drum Show 2024 (PDS), quase a chegar à contagem decrescente para a azáfama de três dias que transformará a “Cidade Invicta” na capital da percussão europeia, de 25 a 27 deste mês, no Centro de Congressos da Alfândega.

Morritz Müller – que também tem produzido trabalho para Steve Lukather (distinguido cinco vezes com os Grammy Awards), Alice Cooper e Rick Springfield, entre outros – juntar-se-á assim (no dia 27) a outros músicos conceituados que fazem parte do programa da 5.ª edição: Vincen García, que atua no dia 25; Bill Evans, Keith Carlock, Chris Coleman, Camille Bigeault e Mário Costa, todos no dia 26; e Ash Soan, Thomas Lang, Craig Blundell e Alexandre Frazão, no dia 27 (ver agenda mais em baixo).

O único evento em Portugal que faz da bateria o trono e do baterista o rei, e que é um dos festivais mais bem organizados da Europa na especialidade, está cada vez mais multifacetado musicalmente e isso percebe-se também no desenho do acontecimento. Que ultrapassa as fronteiras do palco principal, onde decorrerão os concertos e as live sessions, para ganhar outras formas e providenciar ao público experiências complementares.

Falamos do espaço onde decorrerão inúmeros showcases, jams, live performances e apresentações de produtos, o JOCAVI Stage – por onde passarão nomes como Tatanka (The Black Mamba), Daniel Cardoso, Mariana Gomes, Iuri Oliveira, Alex Antunes e o projeto Mr. Beans Collective -, mas igualmente da Education Zone, onde decorrerão várias masterclasses e workshops, dinamizadas por nomes conhecidos da praça, um Showroom, com cerca de 50 empresas e marcas de instrumentos musicais a marcar presença, um Espaço de Lazer e, ainda, um Food Corner.

O Futebol Clube do Porto, por exemplo, é uma das instituições que marcará presença, na dinamização de algumas atividades, sendo previsíveis algumas surpresas…

A organização do Porto Drum Show tem à frente um nome habituado a grandes palcos, Hugo Danin (Atelier de Percussão do Porto), um dos reputados bateristas portugueses e, nos últimos 15 anos, um dos mais relevantes pedagogos na área da percussão no nosso País. Um nome presente em variadíssimos projetos de muitos artistas conhecidos do grande público: GNR, Pedro Abrunhosa, Carolina Deslandes, Cuca Roseta, Bárbara Tinoco, Bárbara Bandeira, Marta Ren & The Groovelvets, Tatanka e outros tantos.

Como que a assinalar a transversalidade instrumental do PDS, a noite inaugural (25 de outubro) do festival arrancará, às 22h30, não com a bateria debaixo dos holofotes, mas com o baixo de Vincen García, “um dos artistas mais prestigiados no atual panorama do jazz e do funk ao nível internacional”, assevera Hugo Danin, ao falar deste baixista-sensação, um dos mais ouvidos em termos de streaming, acumulando centenas de milhares de seguidores e milhões de visualizações.

Tratar-se-á de uma estreia em solo nacional, e esse welcome live show fará soar aos microfones o mais recente trabalho do músico espanhol – “Ventura” -, acompanhado de uma banda que “fará as delícias dos amantes das sonoridades de fusão”, sublinha Danin.

O serão do dia 26 (22h30) pertencerá, por sua vez, ao conhecido saxofonista norte-americano Bill Evans – com a sua VansBand Allstar -, um dos nomes maiores do jazz internacional, com uma trintena de álbuns editados, várias distinções mundiais e um percurso de que fizeram parte Miles Davies, Herbie Hancock, John McLaughlin, Willie Nelson, Mick Jagger, The Allman Brothers Band e muitos outros que fazem parte da história da música de escala planetária.

Bill Evans começa precisamente no Porto Drum Show a sua digressão de dois meses por vários palcos da Europa. “Uma honra”, como sublinha Hugo Danin. 

Viver o Porto Drum Show é respirar a técnica, a emoção e o suor (re)percutidos na bateria, sim, mas o acontecimento almeja “ir mais além, gradualmente, de uma forma natural”, reconhece o organizador, na senda de outros eventos de referência internacional.

No PDS, o baterista reina, e reinará, mas o evento está já a preparar o público do futuro do festival, que assumirá maior transversalidade musical, como explica Hugo Danin, que pretende manter a taxa de crescimento de mais de 30% por cento ao ano.  “Queremos, a curto prazo, ultrapassar a emissão de 2.500 bilhetes diários”, justifica. Avalie-se o cartaz e tal meta não se antevê nada difícil.

Porto Drum Show – Agenda:

Dia 25: Vincen García, 22h30, Welcome Live Show. “Ventura”, um termo espanhol sinónimo de momentos especiais de prosperidade e risco, resume bem a essência do álbum de estreia de Vincen García. Um título premonitório que prepara o terreno para uma viagem musical emocionante, com dez canções cativantes repletas de energia vibrante e passagens frenéticas. Cada faixa fala da arte de Vincen, prometendo uma experiência dinâmica que transcende os limites da música convencional.

Dia 26: Camille Bigeault, 12h00. Uma das mais notáveis bateristas da nova geração, não só francesa como mundial, e uma força da natureza com uma musicalidade ímpar. É conhecida pelo seu domínio dos polirritmos, dos ostinatos (uma frase musical persistentemente repetida numa mesma altura) e de compassos complexos, e vai estar pela primeira vez em Portugal.

Mário Costa, 14h30. Autor do melhor disco de jazz nos Play – Prémios de Música Portuguesa 2024), líder do projeto Chromosome e um dos mais brilhantes intérpretes nacionais. Tem atuado com Miguel Araújo, Ana Moura, Émile Parisien, entre outros, e tem demonstrado a qualidade dos músicos lusos ao lado dos grandes nomes do jazz internacional.

Chris Coleman, 16h00. O norte-americano é um nome ímpar e emblemático da cultura afro-americana. Colaborou com Beck, Chaka Khan, Rachelle Ferrel, entre outros.

Keith Carlock, 19h00. O americano, que tocou ao lado de Sting, Steely Dan, John Mayer, Toto e muitos outros), é um músico extraordinário, com um currículo impressionante, da pop ao jazz. Tem o seu nome na Mississippi Musicians Hall of Fame.

Bill Evans, 22h30, Live Show. O norte-americano tem uma trintena de álbuns editados, várias distinções mundiais e um caminho de que fizeram parte Miles Davies, Herbie Hancock, John McLaughlin, Willie Nelson, Mick Jagger, The Allman Brothers Band e muitos outros que fazem parte da história da música de escala planetária.

Dia 27: Craig Blundell, 12h00. O baterista britânico é maioritariamente (re)conhecido pelos seus contributos no domínio do rock progressivo e um dos mais influentes músicos no panorama educativo e criativos. Evoluiu em palco e em estúdio com artistas do calibre de Steve Hackett e Steve Wilson.

Morritz Müller, 12h45. O baterista alemão é um dos grandes valores da nova geração de bateristas mundiais e membro da banda The Intersphere. Colaborou com Steve Lukather (distinguido cinco vezes com os Grammy Awards), Alice Cooper e Rick Springfield.

Alexandre Frazão, 14h30. Uma das referências maiores do “made in” Portugal na especialidade. Desenvolveu arte com Mário Laginha, Ala dos Namorados, Resistência ou TGB, só para citar algumas etapas do percurso.

Ash Soan, 16h00. O britânico é um dos mais requisitados músicos da atualidade, conhecido pelo seu groove inconfundível, “certificado” por centenas de participações com artistas tão emblemáticos e de diferentes sonoridades, como Adele, Snow Patrol e Tori Amos, para só citar alguns.

Thomas Lang, 19h00. O baterista austríaco tem um percurso de mais de quatro décadas, que o guindou na crítica como um dos mais influentes bateristas internacionais. Atuou com a Vienna Arte Orchestra, Kelly Clarkson, Falco e outros.

JOCAVI Stage (showcases, jams, live performances e apresentações de produtos):

Dia 26: Daniel Cardoso (com a marca Zildjian), Mariana Gomes (com Sabian e Sonor) e atuação ao vivo do projeto Mr. Beans Collective (Ricardo Danin, na bateria, Zé Nuno, na guitarra, Filipe Neves, no baixo, e Pancho Tarrabica, na percussão)

Dia 27: Daniel Cardoso (com Zildjian), Iuri Oliveira (com LP), Alex Antunes (com Sabian e Sonor) e Mr Beans Collective.

Education Zone (masterclasses e workshops):

Dia 26: Gabriel Bruce. Composição na bateria – desenvolvimento de linguagem e caminhos criativos no instrumento.

Jaume Pradas. Rudimentos e introdução ao Flamenco.

Rui Rodrigues. Descobre a tua voz – como não saltar etapas na aprendizagem da bateria.

Jornal Comunidades Lusófonas
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