Aldeia Felgueira
A eMTB Grand Tour 2024 acaba de abrir as inscrições que se vão realizar entre o dia 18 a 20 de outubro. Contempla dois percursos distintos para os entusiastas do ciclismo de montanha atravessarem sete concelhos, quatro serras e os vales de seis rios. Em perfeita harmonia com a natureza.
Ainda não está no terreno, mas acaba de dar as primeiras pedaladas rumo às agendas dos praticantes e entusiastas do ciclismo de montanha. Tanto dos adeptos das eBikes (bicicletas com assistência elétrica) como das BTT convencionais, alimentando doravante muitos planos e expectativas. E não é para menos, visto tratar-se de um desafio de três dias que ligará sete municípios (Vale de Cambra, Arouca, Castelo de Paiva, São Pedro do Sul, Castro Daire, Sever do Vouga e Cinfães), atravessando quatro serras (Freita, Arada, Arestal e Montemuro) e os vales de sete rios (Douro, Vouga, Paiva, Bestança, Caima e Teixeira).
Desenhado para os amantes das BTT e do turismo de natureza, o “Montanhas Mágicas – eMTB Grand Tour 2024” é um projeto ambicioso de promoção da travessia de 280 quilómetros da Grande Rota 60, a das Montanhas Mágicas (GR60). Um percurso circular que abraça ainda quatro Zonas Especiais de Conservação da Rede Natura 2000 e um Geoparque Mundial da UNESCO.
Para esta primeira edição, de caráter não competitivo, que decorre de 18 a 20 de outubro, a organização, a cargo da Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Serras de Montemuro, Arada e Gralheira (ADRIMAG), em parceria com os sete municípios do território, tem disponíveis 350 vagas, distribuídas por dois desafios. E as inscrições estão abertas a partir de hoje, bastando para isso preencher o formulário que está disponível online.
A GR60 tem como principais atrativos a natureza, as paisagens, a biodiversidade e a riqueza geológica de um território atravessado por vales, rios e montanhas de grande beleza, sem esquecer o seu maior ativo, que são as gentes. Tudo valores socioculturais diferenciadores da região, que possui ainda um património monumental e iconográfico de relevo. O desígnio maior da eMTB Grand Tour 2024 alinha-se, por isso mesmo, com os propósitos de aventura, desafio e lazer, para potenciar a riqueza natural do território.
Aqui leva-se à letra o espírito de Coubertin, e o que mais interessa é mesmo participar. Sem esquecer a vertente turística. Daí que a realização do evento surja como um importante impulso para colocar a rota como um destino de turismo de natureza e turismo aventura de excelência.
“É uma experiência e tanto”, garante João Carlos Pinho, coordenador da ADRIMAG, acreditando que esta iniciativa, com o apoio da Federação Portuguesa de Ciclismo, será mais um passo para “tornar a rota uma referência nacional e internacional na área do cycling – mas também das caminhadas -, dinamizando, por arrasto, muitos setores económicos dos concelhos por onde passa o traçado”.
Dois percursos distintos
O “Montanhas Mágicas – eMTB Grand Tour 2024” contempla duas modalidades, em que os participantes se podem inscrever. O primeiro, e mais desafiante, é o Grand Tour. Um percurso que ocupa os três dias do evento e permite percorrer todo o traçado da Grande Travessia das Montanhas Mágicas (280 Km), o qual se encontra dividido em 14 etapas. Neste traçado apenas é permitida a utilização de bicicletas com assistência elétrica e o número limite de participantes, nesta primeira edição, é de 50.
O Short Tour, por sua vez, tem lugar apenas no dia 20 e desenvolve-se no loop sudoeste da GR60, num total de 62km, distribuídos por duas etapas e uma variante à grande rota, a GR60.1. Este percurso é aberto a utilizadores de bicicletas BTT convencionais ou com assistência elétrica, tendo um limite máximo de 300 participantes.
O evento inclui serviços de transferes, alimentação, segurança e outros complementares, relacionados com o parqueamento, carregamento, lavagem e manutenção das bicicletas. A reserva e o pagamento do alojamento são da responsabilidade dos participantes. A Organização responsabiliza-se, apenas, pelos transferes de e para os alojamentos oficiais do evento.
Sobre a ADRIMAG:
Com sede em Arouca, a ADRIMAG é uma ADL – Associação de Desenvolvimento Local, que se dedica, há mais de 30 anos, à gestão e implementação de programas comunitários e nacionais, tendo por fim defender o património endógeno; desenvolver e incentivar o turismo rural; empreender e apoiar iniciativas culturais; dar suporte às atividades artesanais e etnográficas; ajudar o escoamento de produtos endógenos; contribuir para a animação do espaço rural; promover a formação profissional e desenvolver contactos com organismos e entidades que atuam nas áreas de interesse.