@Kiara Worth – Líder da diplomacia internacional foi recebido no aeroporto pelo presidente timorense, José Ramos Horta, e pelo primeiro-ministro, Xanana Gusmão
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, teve nesta quarta-feira, uma receção calorosa capital do Timor-Leste em Díli. Um acolhimento muito entusiasta e com muito calor humano, mesmo ao jeito dos países da CPLP.
António Guterres da ONU foi recebido no aeroporto pelo presidente timorense, José Ramos Horta, e pelo primeiro-ministro, Xanana Gusmão, com apresentações de música tradicional e honras militares.
As ruas de Díli “inundadas” de crianças e jovens
A comitiva de Guterres quando saiu do aeroporto foi saudada nas ruas por milhares de crianças com uma profunda alegria e rejubilo pela presença de António Guterres, o chefe da diplomacia internacional, que seguravam bandeiras da ONU e de Timor-Leste.
Seguiu para o palácio presidencial “onde declarou que a intenção de sua visita é demonstrar solidariedade tanto com a memória como com o futuro de Timor-Leste”.
“As Nações Unidas e o povo timorense estiveram lado a lado no momento em que o país assumia, nas suas próprias mãos, a construção do seu destino. As Nações Unidas continuarão a apoiar as aspirações do povo timorense na caminhada que tem pela frente”.
O secretário-geral afirmou, em conversa com jornalistas, que espera que a nação asiática se faça ouvir na Cúpula do Futuro, que terá lugar na sede da ONU em setembro, “pois o mundo tem muito a aprender com Timor-Leste”.
A batalha do desenvolvimento
Numa alusão ao aniversário da consulta popular, para o líder da ONU disse que o momento é de apelo à unidade e celebração do passado coletivo. Para Guterres, Timor-Leste é um exemplo por ter se tornado uma nação em paz e em harmonia com os seus vizinhos.
Elogiando o país por ser uma “democracia consolidada”, dedicada ao respeito pelos direitos humanos e das liberdades fundamentais.
“Timor-Leste ganhou a batalha da independência, Timor-Leste ganhou a batalha da democracia, Timor-Leste é um país exemplar em matéria direitos humanos, mas tem que ganhar também a batalha do desenvolvimento”.
O secretário-geral disse que a ONU está à disposição para que essa batalha seja ganha na segurança alimentar, na educação, na saúde e nas infraestruturas.
“A luta heroica da resistência”
António Guterres elogiou o presidente Ramos Horta por ter persistido, mesmo nas circunstâncias mais difíceis, “com a fé de que no fim a independência de Timor-Leste seria uma realidade”.
O chefe das Nações Unidas referiu aos milhares de jovens que viu na rua ao chegar na capital Dili, dizendo que eles não viveram a “luta heroica da resistência” antes da decisão que levou ao referendo. Disse que “é importante que essas novas gerações não esqueçam esta luta.”
Os dois líderes comentaram que atuarão em conjunto em relação à crise em Mianmar e em outras agendas de paz e segurança.
António Guterres manifestou “enorme gratidão pelo caloroso acolhimento e pela maravilhosa hospitalidade” com que é recebido em Timor-Leste.