Com um balanço muito positivo, marcas e empresas expositoras salientam a alta qualificação dos visitantes profissionais da 10.ª edição da Interior Design, Hotel and Home Living.

Os espaços interiores são cada vez mais centrais nas estratégias das grandes marcas de luxo e isso é visível em algumas insígnias globais, que em vez de darem primazia às últimas criações de alta-costura nas montras das suas lojas, em cidades consideradas “Mecas da moda”, optam por dar destaque às respetivas linhas home. Quem o sublinhou, durante uma mesa-redonda na 10.ª edição da Homeing – Interior Design, Hotel and Home Living, que decorreu durante três dias no Pavilhão Carlos Lopes (Lisboa), sob organização da EXPONOR – Feira Internacional do Porto, foi Mónica Seabra-Mendes, diretora do Programa de Gestão do Luxo da Universidade Católica e uma das profissionais com mais know-how para abordar o luxo e o caminho que Portugal terá de fazer se quiser abraçar este segmento, em várias áreas de atividade.

Mas, foi a arquitetura e o design de interiores a autoestrada que levou os profissionais do setor àquela que assume ser o principal evento nacional no domínio premium da fileira. Três dias intensos e de muitas inspirações, sob o mote do Quiet Luxury, que mostraram – quer através das propostas e novidades de 64 empresas expositoras quer pela jornada de reflexão que complementou a mostra de produtos e serviços – como a sofisticação subtil e a beleza do essencial podem assumir múltiplas linguagens e nuances. À medida de identidades muito próprias e em prol de um conforto residencial e hoteleiro mais distintivos.
A apontar ao tema, a conhecida designer de interiores Ana Rita Soares – que participou no ciclo de conferências – falou na “exclusividade, na personalidade e na qualidade” que os clientes procuram para fazer refletir nos respetivos espaços as suas formas de vida.
Amândio Pereira, fundador da Boca do Lobo, apelidou-a, por sua vez, de alma, não só a incutida nas peças da insígnia, mas, acima de tudo, a identidade que muitos procuram transferir para as suas casas, através de peças intemporais que contam histórias.
E a Homeing é mesmo isto. Do mobiliário à iluminação, das tapeçarias e outros tecidos de decoração a soluções mais técnicas, ao encontro dos requisitos, quantas vezes especiais, de uma infinidade de projetos.
Durante a visita ao certame, os profissionais comprovaram porque uma tinta de parede não é apenas uma capa. Pois há quem procure, mais do que um novo tom, uma superfície para tocar e sentir uma particular textura, para transmitir uma determinada sensação táctil, que só a manufatura especial confere. E o mesmo se pode dizer do que sentimos sob os nossos pés. Porque há tapetes que não só nos confortam como nos transportam, com assinatura, para o azul de um oceano, ou para um lago repleto de nenúfares. Ou ainda sobre a nossa cabeça, quando as luminárias assumem formas de delicadas andorinhas – e outras formas da natureza – de vidro e bronze trabalhadas à mão.
Mas, a Homeing é muito mais. Cheia de detalhes. Que fez profissionais de 24 países deslocarem-se ao certame (Espanha, Brasil, EUA, França, Reino Unido e Polónia com as comitivas mais expressivas).



