Paulo Cafôfo, Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, revelou que a Diáspora investiu mais de 153 milhões de euros, nos últimos três anos, fruto de mais de 130 projetos, nomeadamente no interior do país.
No II Fórum dos Gabinetes de Apoio aos Emigrantes e ao Investimento da Diáspora, que teve lugar em Mangualde, distrito de Viseu, o governante apresentou “resultados muito interessantes” do Programa Nacional de Apoio ao Investimento da Diáspora (PNAID), criado em agosto de 2020.
“Já atribuímos mais de 260 estatutos de investidor da diáspora. Apoiámos mais de 130 projetos, que correspondem a um potencial superior a 153 milhões de euros de investimento em Portugal, sobretudo no interior do país”, realçou o Secretário de Estado.
Neste sentido, disse que o Governo tem “sabido, até ao momento, criar um ambiente propício ao investimento da diáspora em Portugal” com “mecanismos e iniciativas que auxiliam as pessoas a regressarem e a investir”.
Atualmente, contabilizou, há “cinco milhões de portugueses e lusodescendentes e isto é, definitivamente, uma grande força” e também, numa dimensão “menos tangível, mas tão ou mais importante” são “os laços afetivos” a Portugal.
“Para os portugueses lusodescendentes a viver no estrangeiro investir em Portugal é uma forma de manter e reforçar os laços com o país de origem e, enquanto reforçam os laços também contribuem para o seu crescimento económico”, defendeu.
Paulo Cafôfo sublinhou ainda o “reforço de mecanismos de apoio ao Investidor da Diáspora” juntamente com outras entidades, do poder local ou associativas, e destacou o aumento do número de gabinetes de apoio. “Criámos a Rede de Apoio ao Investidor da Diáspora envolvendo mais de 300 entidades: 248 municípios, 20 comunidades intermunicipais/áreas metropolitanas, seis agências de investimento e 37 associações. Hoje temos 202 Gabinetes de Apoio aos Emigrantes, quando, em 2015, tínhamos 101”, enalteceu.
Ou seja, há uma cobertura nos municípios do território nacional de “73% e, no norte, chega aos 92% e no centro aos 90%” e “50% das comunidades intermunicipais têm Gabinetes de Apoio aos Emigrantes em todas as autarquias”.
Marco Almeida presidente da Câmara Municipal de Mangualde e anfitrião do II Fórum dos Gabinetes de Apoio aos Emigrantes e ao Investimento da Diáspora, referiu que “para alcançar tudo isto, é essencial que o governo, as organizações não governamentais e a sociedade civil trabalhem em conjunto, porque apenas através de uma abordagem colaborativa e integrada podemos enfrentar os desafios.”
O Autarca de Mangualde exortou ainda todos os presentes “a trabalharmos juntos para fortalecer essas estruturas e garantir que elas sejam acessíveis, eficientes e abrangentes”, reconhecendo que apenas e através de um compromisso contínuo e investimento adequado, “podemos criar um ambiente acolhedor e inclusivo para os emigrantes, permitindo-lhes contribuírem para o desenvolvimento das suas comunidades de acolhimento e países de origem”.