Enquanto decorre a 45ª sessão do Comité do Património Mundial que tem lugar em Riade, na Arábia Saudita, de 10 a 25 de setembro, foi aprovada no dia 19 de setembro pelo Comité do Património Mundial a extensão da área de Guimarães, inscrita na Lista do Património Mundial em 2001, à Zona de Couros.
Desde a Idade Média e ao longo dos séculos, até meados do séc. XX, desenvolveram-se manufaturas de curtumes na Zona de Couros, contígua ao centro histórico da cidade, existindo ainda hoje diversos edifícios que foram originalmente construídos para a instalação de fábricas destinadas à transformação das peles em couros, com os seus típicos secadouros e tanques de tinturaria. O Comité do Património Mundial reconheceu a pertinência da extensão da área já reconhecida pela UNESCO a esta zona, uma vez que contribui para complementar e amplificar o Valor Universal Excecional do Centro Histórico de Guimarães, proporcionando uma melhor compreensão da forma como a cidade histórica se desenvolveu espacialmente ao longo dos séculos, da base económica que fez a riqueza de Guimarães e promoveu o desenvolvimento urbano, e ainda do florescimento de uma elaborada arquitetura residencial e técnicas de construção originais, as quais se tornaram um traço distinto da arquitetura colonial portuguesa.
Assim, este sítio do Património Mundial passa doravante a designar-se “Centro Histórico de Guimarães e Zona de Couros”. Portugal conta atualmente com 17 Sítios do Património Mundial.
