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A experiência profissional de João Gomes, é marcada por uma trajetória dedicada ao setor de energias renováveis. Após concluir um mestrado integrado em Engenharia da Energia e do Ambiente na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa em 2015, ingressou imediatamente na Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN). Durante o tempo na APREN, trabalhou de perto com organizações internacionais reconhecidas, como Wind Europe, REN21 e IRENA, onde observou consistentemente o papel proeminente que a China desempenha no investimento maciço em centrais elétricas eólicas, solares e hídricas.
João Gomes estudou na Faculdade de Ciências de Lisboa, com o mestrado integrado em Energia e do Ambiente, e fez a tese de mestrado com o Professor António Sá da Costa, que é o Presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis até 2019. Terminado o mestrado em outubro 2015, começou logo a trabalhar na Associação Portuguesa de Energias Renováveis.
Trabalhou durante três anos na APREN como Analista de Políticas Energéticas, e Análise Estatística, e na APREN “colaboramos muito com instituições internacionais, como Wind Europe, REN21 o IRENA,” onde observava consistentemente o papel proeminente que a China desempenhava no investimento maciço em centrais elétricas eólicas, solares e hídricas.
Com estas experiência começou a pensar, “se eu quero tornar-me o melhor profissional, e quero ser o melhor engenheiro na área da energia renovável, tenho que estar na frente de batalha. Tenho que estar na China, onde há estes projetos intensos, onde há investimentos massivos, e em 2018 surgiu-lhe a oportunidade para tirar um segundo mestrado, na China financiado pela Universidade de Lisboa e pela Three Gorges Corporation. (CTG). Que são os maiores acionistas da EDP em Portugal.
Quando chegou à China, decidiu ficar em Xangai. É uma cidade mais avançada, mais adequada, tem um perfil diferente do resto da China. Em setembro de 2018 começou o segundo mestrado na Shanghai Jiao Tong University, que é uma universidade muito forte em engenharia. Começou o segundo mestrado em Power Engineering, e ao fim de uma ano, foi convidado para entrar para a China Three Gorges.
Primeiro em regime de estágio, e assim que terminou o mestrado, foi convidado, oficialmente, a integrar a empresa como Engenheiro de Investigação e Desenvolvimento. Desde o início deste ano ocupo a posição de Head of Research and Development no Sino-Portuguese Centre, onde “atuo como elo de ligação entre Portugal e a China no campo da pesquisa científica aplicada à indústria.”
“Perguntaram-me qual era o sítio que eu queria começar a trabalhar, eu achei que Xangai continuava a ser a opção ideal, não apenas porque tem estes escritórios da China Three Gorges, muito fixada em investigação e desenvolvimento, mas também pelo que aqui em Xangai tem o que eles designam de”Sino-Portuguese Centre for New Energy Technologies”. uma joint venture entre a EDP e a CTG.
Desde 2021 está oficialmente a trabalhar na China Three Gorges, desde 2018 com bolsa. Nos últimos cinco anos na China, tem viajado muito pelo país, “apanhei os tempos do Covid, fiz muitos amigos, e está a trabalhar numa empresa 100% Chinesa, do Estado Chinês.
“Dá-e uma visão diferente do que da maioria dos estrangeiros que vivem na China.”
O Conselho da Diáspora Portuguesa
Todas estas experiências que teve desde 2018, estudado na China, numa Universidade Chinesa, trabalhar numa empresa também Chinesa, notou que havia muito pouco investimento português na China.
Mas investimento que possa ser pela promoção de Portugal, ou Organização de eventos. Parece que a comunidade Portuguesa vive um pouco na sua “bolha”, há poucos portugueses na China, exceto Macau. Que por motivos históricos tem uma grande comunidade portuguesa.
Mas há falta de promoção na China, e só a China tem uma população com mais de mil milhões de pessoas e Xangai, tem o dobro da população de Portugal, havendo muitas oportunidades de negócio. “Eu conclui refleti, em juntar-me ao Conselho da Diáspora Portuguesa, porque pensei que poderia “organizar” uma motivação para criar eventos, e alguma motivação de realizar seminários.
Dar a conhecer às empresas portuguesas, as oportunidades que há na China. “Há um grande potencial”. A China investe muito nas energias renováveis, investe muito na educação, em carros elétricos. “A questão que se põe é que nós portugueses temos que estar mais presentes. Daí a minha decisão de me juntar ao Conselho da Diáspora Portuguesa.”
“Temos uma relação de 500 anos com a China, com a presença em Macau. E vimos outros países mais pequenos que Portugal”, a fazerem uma grande promoção do seu país, “estou a falar da Suíça, dos Países Baixos, da Holanda, fazem uma grande promoção do seu país, da Bélgica que fazem uma campanha de grande promoção, nós com 500 anos de história com a China, não nos damos a conhecer”.
Então passou-lhe pela cabeça que podia contribuir, fazer a mudança, e falou com o Conselho da Diáspora Portuguesa. Com o objetivo e intuito de organizar seminários, “a pandemia, hoje em dia veio alterar algumas coisas, algumas no “bom” sentido, quando não era normal fazer reuniões online, seminários online, isso hoje já não de põe em questão, e os custos também não, é tudo uma questão de motivação.
Em abril, teve a honra de ser nomeado Coordenador Regional para a Ásia e Oceânia no Conselho da Diáspora Portuguesa, assumindo a responsabilidade de liderar iniciativas que fortaleçam os laços entre as comunidades portuguesas “e os países desta vasta região”. Desde então, têm trabalhado diligentemente na conceção e execução de atividades que visam ampliar a visibilidade de Portugal.
Entre as ações planeadas, destacam-se a realização de eventos, colaborações em webinars e a realização de estudos pertinentes à região. Este esforço coletivo visa não apenas estabelecer uma presença mais robusta, mas também promover uma compreensão mais profunda da cultura e contribuições portuguesas.