O Primeiro-Ministro inaugurou o Laboratório de Inovação e Sustentabilidade Alimentar do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, em Esposende, identificou a importância da instituição, afirmando que “vale a pena acreditar em Portugal porque há pessoas que fazem estas instituições”, acrescentando que “se expandimos a cultura de acreditar em nós
próprios, teremos mais futuro e mais democracia e mais economia”.
“Mais democracia porque não há nada mais importante para que as pessoas possam ter um tratamento igual nas oportunidades que lhes são conferidas do que a educação. É na educação que verdadeiramente a democracia se concretiza porque é por ela que podemos ser todos iguais” para cada um ser o que quer ser. E quando isto acontece, “as pessoas querem por ao serviço da comunidade o conhecimento que obtiveram”.
Por isto, “mais democracia é mais economia: mais democratização do ensino e mais ligação às empresas é mais riqueza, que é mais oportunidades e mais possibilidades de as pessoas terem o futuro que querem em Portugal”.
Sustentabilidade
O Primeiro-Ministro afirmou que o laboratório inaugurado está “no âmbito de cursos profissionais especializados direcionados para inovar, aperfeiçoar, acrescentar qualidade e sustentabilidade na área alimentar que é prioritária” para Portugal.
A agricultura e as pescas são setores estratégicos para o futuro de Portugal, para que tenhamos mais autonomia alimentar, porque desenvolvem atividades económicas que potenciam as qualidades e capacidades que o território oferece, fixando pessoas e aproveitando o potencial humano que se qualifica, que inova, que traz novas tecnologias, e dando sustentabilidade”.
Dar sustentabilidade significa #dar futuro, dar condições para não estragarmos o planeta e não prejudicarmos os que aqui estarão a seguir a nós. Está preocupação faz com que os setores agrícola e piscatório sejam estratégicos na economia, mas, para serem estratégicos têm de ter conhecimento e para isso têm de ter boas escolas, com bons professores e bom alunos”.
Ligação à economia
Luís Montenegro afirmou a importância de “ligar toda esta cadeia de conhecimento à economia”, de a integrar com o meio circundante, com os outros patamares de ensino.
“Queremos que a nossa ciência e a nossa tecnologia avancem ao serviço da comunidade e das pessoas e para isso é preciso ter entidades públicas e sobretudo empresas que possam absorver o capital humano e o capital tecnológico. E Portugal precisa disto”, disse.
O laboratório “vai dar oportunidades a muitos jovens de se qualificarem, a muitos produtores de verem o seu produto entrar no mercado com qualidade, de o território estar mais bem cuidado, de famílias que se podem fixar”, referiu também.
Laboratório
O Laboratório de Inovação e Sustentabilidade Alimentar começará a operar no início de setembro, com o arranque do ano letivo 2024/2025.
A unidade disponibilizará seis Cursos Técnicos Superiores Profissionais: Apoio à Gestão; Gestão de Restauração e de Bebidas e Inovação Alimentar e Artes Culinárias (em parceria com Axis hotéis e ACICE); Industrialização e Serralharia Digital (em parceria com a Otiima); Marketing Digital e Social Media e Turismo de Desporto e Atividades Náuticas.
Acresce ainda o facto do LISA não ser apenas um polo onde o IPCA irá lecionar aulas, mas sim uma porta aberta a toda a comunidade, sendo uma janela para a valorização dos produtos locais da região, em parceria com a Escola Profissional de Esposende. O Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, conta já com 30 anos de existência e tem presentemente sete mil alunos.