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Domingo - 23 Março 2025

Mais um Português nas Instituições da Comissão Europeia

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Lusodescente, é filho de portugueses e estudou quase toda a sua vida em Portugal, até ao doutoramento na Universidade de Aveiro. Tinha na alma o desejo de conhecer outras realidades fora de Portugal, e de malas e bagagens foi inicialmente para França e depois mudou-se para Bruxelas. Uma história de sucesso, que tem pernas para andar e que vai dar muito que falar.

Richard Tavares, nasceu na Venezuela e é filho de pais portugueses. Tem a emigração “um pouco nas veias”. No início da década dos anos 80, os seus pais regressaram para Portugal, como muitos portugueses que estavam na Venezuela.

Estudou em Portugal, desde a escola primária até ao Doutoramento, sempre na região de Aveiro.

Fez os estudos superiores no departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro. Licenciatura em Engenharia do Ambiente, a componente letiva do mestrado em Gestão Ambiental, Materiais e Valorização de Resíduos, e como teve uma bolsa de Doutoramento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), prosseguiu diretamente para o Doutoramento em Ciências Aplicadas ao Ambiente.

Durante o Doutoramento, desenvolveu o seu trabalho de investigação na temática de poluição do ar e riscos industriais no GEMAC (Grupo de Emissões, Modelação e alterações Climáticas), coordenado pelo Professor Carlos Borrego, integrado no CESAM (Centro de Estudos do Mar e do Ar) da Universidade de Aveiro.

Acabou o Doutoramento em 2011, e prosseguiu para um Pós-Doutoramento em poluição do ar, alterações climáticas e ambiente urbano no mesmo grupo, no âmbito dum projeto nacional de investigação.

Passagem por França

Em 2012, recebeu um convite para fazer um Pós-Doutoramento, em Nantes (França), na École Centrale de Nantes. Na mesma área, mas mais centrado no estudo do “Impacto das Infraestruturas Verdes na qualidade do ar e no Micro-Clima em Ambiente Urbano” no âmbito de projetos nacionais e Europeus.

“Já tinha na altura a ideia de ter uma experiência profissional e de investigação fora do país, aceitei o convite e fui para Nantes em finais de 2012, onde estive como Pós-Doutorando até final de 2014.”

Ao ter conhecimento de outras oportunidades profissionais ligadas à investigação, e após várias candidaturas, em 2015 foi convidado para integrar a PRACE (Parceria para a Computação Avançada na Europa), uma organização internacional em Bruxelas, na qual Portugal também é um dos membros.

Esteve em Bruxelas entre fevereiro de 2015 e Março de 2017, e era Gestor de Processos de Avaliação e Monitorização para o acesso dos programas científicos em todas as áreas de investigação aos recursos de supercomputação e tratamento de dados disponibilizados pelos Centros Europeus de SuperComputação.

Em 2017 foi convidado para ir para ir para Paris, numa primeira fase, para desenvolver o sistema de gestão e coordenação dum projeto Europeu, no Observatório de Paris. Passados três meses de se instalar em Paris, e lançada a coordenação do projeto europeu, teve o convite para ir para a ANR (Agência Nacional de Investigação Francesa), que é a equivalente à FCT em Portugal, para gerir programas europeus na área da água implementados pela Iniciativa de Cooperação Conjunta “Water JPI. A “Water JPI” é uma iniciativa intergovernamental com o objetivo de promover o desenvolvimento de sistemas no domínio da água, tendo como base uma economia sustentável e harmonização de programas de financiamento à investigação na área da água, na qual participam os diferentes Estados-Membros Europeus, incluindo Portugal.

Foi nesse período entre 2017/2020, que lhe foi lançado o desafio de pertencer à AGRAFR, na Associação de Portugueses Graduados em França. “Na participei activamente a partir de 2018 nas diferentes atividades da associação e fui Presidente da Direção entre 2019 e 2020.”

Posteriormente e com o intuito de evoluir profissionalmente, candidatou-se a um posto de Conselheiro de Projetos numa das Agências Executivas da Comissão Europeia, na altura era a EASME (Agência Executiva das Pequenas e Médias Empresas), na qual começou a trabalhar com projetos e programas europeus na área de Ambiente, Ciências da Terra e Alterações Climáticas. No âmbito do “Programa Quadro – Horizonte Europa” e da reestruturação da Comissão Europeia, em 2021, “mudei-me para CNEA (Agência Executiva para o Clima, Infraestruturas e Ambiente)”, onde continuo a trabalhar como Conselheiro de Projectos na mesma área e com um portfolio de projetos e programas variado, no qual participam também equipas e organizações portuguesas, desde 2021.

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