No menu items!
17.1 C
Vila Nova de Gaia
Quinta-feira - 15 Maio 2025

Nações Unidas fazem história ao adotar Convenção sobre Crime Cibernético

Destaques

Unsplash/Philipp Katzenberger – Na atual era digital, o crime cibernético está a tornar-se mais difundido e destrutivo

Primeiro tratado internacional anticrime em 20 anos foi aprovado após cinco anos de negociações; acordo pioneiro protege de forma específica as crianças da violência sexual com uso de tecnologias de informação e comunicação. 

A Assembleia Geral adotou por aclamação uma nova convenção juridicamente vinculante para prevenir e combater o crime cibernético.  

A Convenção sobre Cibercrime passará a valer após assinatura formal do documento no Vietname em 2025, passados 90 dias da ratificação pelo 40º país signatário.  

“Grande vitória para o multilateralismo” 
Unicef/Joshua Estey – Convenção é o primeiro acordo global para proteger de forma especifica as crianças contra a violência sexual cometida com as TICs

O Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, Unodc, administrou o processo de negociação de cinco anos, que culminou em 9 de agosto. A agência vai gerir o protocolo integrante da convenção e a futura Conferência dos Estados-Partes. 

Para a diretora executiva do Unodc, Ghada Waly, a adoção da “convenção histórica é uma grande vitória para o multilateralismo”, ao marcar o primeiro tratado internacional anticrime em 20 anos.  

Ela enfatiza que o documento é um “passo crucial nos esforços globais para lidar com crimes como abuso sexual infantil online, golpes online sofisticados e lavagem de dinheiro.” 

A chefe do Unodc afirma que na atual era digital, o crime cibernético está tornar-se mais difundido e destrutivo, explorando os vulneráveis ​​e drenar biliões de economias a cada ano.  

A agência deve prestar auxílio aos Estados-Membros na assinatura, ratificação e implementação e oferta de ferramentas necessárias, além de ajudar na capacitação para “proteger economias e salvaguardar a esfera digital do crime cibernético.” 

Instituições académicas e do setor privado

Além dos países-membros da ONU, o processo que produziu o tratado teve a contribuição da sociedade civil, instituições académicas e do setor privado “visando prevenir e combater o crime cibernético de forma mais eficiente e eficaz.”

Unsplash/Fly:D – Convenção sobre Crimes Cibernéticos é tida como uma nova ferramenta para o tipo de ameaça

O reforço da cooperação internacional é uma das formas de atuação que serão aliadas ao fornecimento de assistência técnica e ajuda para capacitação, especialmente para países em desenvolvimento. 

O Convenção sobre Crimes Cibernéticos é tida como uma nova ferramenta para o tipo de ameaça tendo em conta que 67,4% da população mundial teve acesso à internet no ano passado. Os efeitos incluem minar economias, lesar infraestruturas críticas e desgastar a confiança no mundo digital. 

O tratado prevê que governos tenham acesso e troquem dados eletrónicos para facilitar a investigação e a acusação. Os Estados-Partes integrarão uma rede funcionando continuamente para ajudar a facilitar a cooperação nesse campo. 

Tecnologias de informação e comunicação 

A Convenção sobre Crimes Cibernéticos é pioneira como acordo global para proteger de forma especifica as crianças contra a violência sexual cometida com tecnologias de informação e comunicação.  

A expectativa é que as autoridades vejam reforçados os meios para penalizar delitos relacionados ao abuso sexual infantil online ou material de exploração. 

O tratado também incentiva a assistência e a proteção das vítimas, estabelecendo o acesso à recuperação física, indemnização, restituição e remoção relacionadas ao conteúdo ilícito.

Para completar a resposta a incidentes de crimes cibernéticos, o tratado promove mais investimentos para combate ativo aos delitos ao solicitar que os Estados desenvolvam medidas de prevenção para reduzir e gerenciar os riscos e ameaças. 

Jornal Comunidades Lusófonas
Ver Também

Portugal coloca debate sobre IA na Cultura na agenda da União Europeia

Em comunicado de imprensa, Portugal levou ao Conselho de Ministros da Cultura da União Europeia, no dia 13 de...