Obra clássica de Rudyard Kipling chega aos palcos numa versão adaptada à realidade portuguesa e com uma abordagem cénica diferente. Estreia acontece, uma vez mais, no Coliseu do Porto, a 4 de março.

Foi uma das produções recomendadas pela Rede Nacional de Teatros de Espanha e, pela mão da portuguesa Plateia d’Emoções, a adaptação da obra clássica do britânico Rudyard Kipling está já em fase de ensaios, com a estreia marcada para o Coliseu Porto Ageas, a 4 de março (domingo), às 17h00.
Na nova abordagem cénica d’O Livro da Selva o Mowgli surgirá mais travesso, o Baloo mais desajeitado e a Bagheera exibirá uma ternura trabalhada à medida, para contrabalançar a forte personalidade que lhe é conhecida. Os malfeitores da praxe, esses, aparecerão com uma pitada cómica. Tudo isto envolto por figurinos e cenários cheios de volumetria e cor, que fogem às abordagens tradicionais e de que fazem parte transformações, projeções, marionetas e ilusões acompanhadas de canções ao vivo. As quais, garante Cátia Tavares, produtora executiva da Plateia d’Emoções, “não conseguiremos deixar de cantarolar à saída da sala de espetáculos”.
A nova produção, segundo a ideia original de Mario Sanchis e música de Pau Cháfer, faz parte da programação que a companhia de Vila Nova de Gaia especializada em teatro musical delineou a pensar na Páscoa.
Depois da estreia no anfiteatro maior da Cidade Invicta, passará, ainda em março, pela Póvoa de Varzim (de 12 a 15), por Amarante (dias 20 e 21), pela Mealhada (de 27 a 29), e, depois, já em abril, regressará ao Porto (de 1 a 3) e a Vila Nova de Gaia (de 8 a 12), em sessões direcionadas para a comunidade escolar e outras para o público geral (ver agenda completa em anexo).
Serão meses em que a Plateia d’Emoções desdobrar-se-á numa outra produção, estreada na campanha do último Natal. Referimo-nos a “Alice no Musical das Maravilhas”, peça de que o coletivo artístico gaiense detém o exclusivo para Portugal, depois de ter sido premiada em Espanha, como “Melhor Musical Familiar”, nos Prémios de Teatro Musical, e “Melhor Musical”, nos Broadwayworld Spain Awards.
A peça, que foi há dias nomeada para os Pumpkin Awards, na categoria de Melhor Espetáculo para Crianças, fez um périplo por várias cidades nortenhas e estará novamente de regresso a Alfena (de 26 a 30 de março), a Tábua (de 2 a 4 de abril) e à vila feirense de Mozelos (de 29 a 30 de abril).
Maio, por sua vez, assistirá ao regresso de uma das peças de maior envergadura com a assinatura da Plateia d’Emoções, “Anne Frank – O Musical”, que inspirou a companhia de Vila Nova de Gaia numa produção original, com 15 atores em cena e o trabalho de 30 profissionais de diferentes áreas técnicas. Hélder Reis, o conhecido profissional de televisão, é o autor do texto e letras originais da peça, com música e orquestração de André Ramos, (London Symphony Orchestra, Philharmonia Orchestra, London Arts Orchestra e Hong Kong Sinfonietta).
“Anne Frank – O Musical” passará por Alfena, Amarante, Mealhada, Porto e Bragança (ver agenda completa mais em baixo).
Depois de fundada, em 2011, a Plateia d’Emoções especializou-se quatro anos depois em teatro musical. A companhia desenvolve centena e meia de espetáculos por ano (para uma mão cheia de produções teatrais), em média, e, com frequência, chega a ter em cartaz três peças em simultâneo, em diferentes paragens, que com facilidade chegam a uma vintena de cidades. Graças ao trabalho de uma equipa composta por mais de 30 profissionais, entre atores, cantores e bailarinos, criativos e técnicos de diferentes áreas cénicas.
O coletivo artístico aposta, essencialmente, no desenvolvimento do público do futuro, o seu desígnio maior. As suas plateias são, por isso, constituídas por cerca de 85% de público em idade escolar.
A Plateia procura cultivar o hábito de ir ao teatro e é por isso, também, que desenvolve a sua arte em instalações com todas as condições técnicas exigíveis à qualidade que os públicos merecem.