Paciência é estar, não é ser passivo, não é o simplesmente entregar-se e aceitar, mas em contraposição estar, agitando-se, como só no silêncio ele consegue se agitar. É falar com os sentidos, com a ação. Não que as palavras sejam supérfluas mas apenas uma parte da expressão da própria brisa ou do temporal, que ora acaricia, ora tormenta, mas não se afasta ou se deixa fugir do aborrecimento, mas fica.
Pedro Miguel Santos