Percorremos a “Rota da Água e da Pedra”, onde o silêncio era quebrado com o cantar dos pássaros e do rio que corria sem grandes atribulações, entre as pedras que reluziam ao sol. A sua transparência era tal que se via a areia que circundava as pedras.
A viagem demora cerca de uma hora e meia do Porto até à Ponte de Covelas, do estilo barroco, que imita pontes românicas, como a de Pias (já desaparecida) e a que existe sobre o rio Cabrum. Construída no ano de 1762, a mando do Padre Diogo de Sequeira e Vasconcelos, durante muitos anos a ponte de Covelas foi um importante ponto de passagem das populações do vale do Bestança, principalmente entre Tendais e Porto Antigo. Atualmente é parte integrante do percurso pedestre PR1, no concelho de Cinfães.

O Caminho do Prado, percurso que “acompanha frondosos carvalhais, prados, e outras belezas do vale”. O medalhão da ponte de Covelas que as águas translúcidas do rio Bestança nos apresenta para dar sinal que alí houve vidas passadas.
Percorremos o trilho onde vai aparecendo uma casa ou outra por entre o arvoredo, que já se confunde com a natureza e reclama a si todos os recantos. Nem as telhas cheias de musgo escapam.
É um trilho feito de pedras onde os antigos que lá viviam usavam com as carroças, puxadas pelos bois e cavalos, para irem para a lavoura. O trilho é difícil de fazer, as pedras são um pouco grandes e irregulares. Mas a beleza das cascatas e o rio a passar ao lado dá-nos logo uma sensação de paraíso na terra.
