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Sábado - 8 Fevereiro 2025

“Poeta Pop” de Tristão de Andrade faz rimar corações no palco da Fundação Oriente

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Poesia, música e dança unem-se no próximo sábado (dia 18) em Lisboa para criar um espetáculo intimista e envolvente. A poesia não é (só) aquilo que faz rimar as palavras, mas sim corações. E não é coisa unicamente de Camões, Pessoa ou outros iluminados, mas, querendo, de todos nós. Tristão de Andrade – escritor, músico e cantautor – escreve-a, declama-a e canta-a.

Dá-lhe outra musicalidade e eleva-a em palco, transformando-a inclusivamente em dança. Assim é “Poeta Pop”, que é livro, LP e igualmente espetáculo. Que sobe ao palco do Auditório da Fundação Oriente no próximo sábado (dia 18, às 21h00).

Na “mais bela forma de vida” (a poesia, pois claro), como Tristão de Andrade a considera, quase nada fica de fora. O artista, que escreve desde os 14 anos de idade, modela o poder das palavras com a plasticidade da música para falar de amores, desamores e outros estados de alma. Mas igualmente das relações sociais, da igualdade entre as pessoas, da riqueza, da pobreza, dos vícios, da morte, da maneira como encaramos as dificuldades, da família, dos emigrantes e de como nos adaptamos ao mundo.

“A maior das minhas missões enquanto poeta é incluir sem esquecer ninguém”, entoa este admirador confesso da palavra “nós”. E isso ver-se-á uma vez mais em cena da sala de espetáculos da Fundação Oriente, numa hora e meia de intimismo e envolvência com a plateia. Onde Tristão de Andrade cruza as suas múltiplas facetas numa atmosfera plena de arte. Para a qual trabalham mais seis artistas: Daniela Miranda (segunda voz e uma das revelações do Got Talent Portugal), Pedro de Castro e Luís Roquette (guitarra), Francisco Zanatti (guitarra portuguesa) e os bailarinos Inês Figueiredo e Bruno Oliveira.

Todos juntos (com mais uns quantos, nos bastidores, fazem crescer para 20 o número dos que dão forma ao “Poeta Pop”), como de um só se tratasse, transformam o palco num “quase espelho da vida”, como sublinha o cantautor.

“Trago para o palco as histórias de uma vida, as lembranças de uma geração e os acontecimentos de Portugal nas últimas décadas. É, simultaneamente, uma homenagem aos nossos poetas, mas também às nossas gentes e aos nossos emigrantes”, sublinha Tristão de Andrade.

O projeto é, por tudo isto e muito mais, bastante abrangente no tempo e no conteúdo, em músicas que “têm vindo a nascer ao longo dos últimos anos como peças de um puzzle que agora se conclui”. E do qual Tristão de Andrade tem dificuldade em particularizar a importância de um ou outro tema.

Ainda assim, sem melindres de qualquer espécie, elege como centrais para a mensagem de “Poeta Pop”, as músicas “Bola de Cristal” – que fala da adolescência, e fecha um dos capítulos mais emocionantes – e o doce “Ainda faço golo”, uma das músicas mais acarinhadas pelo público. Isto sem deixar de mencionar “Saudade”, que fecha o alinhamento.

O espetáculo, que já passou pelo Porto, tem, depois de Lisboa, sequelas em fase de agendamento. Com os quatro cantos do mapa-mundo na rota, onde existem comunidades lusas. De Macau aos Estados Unidos, Europa e “qualquer lugar onde exista um português com vontade de nos ouvir”, adianta o também escritor, com a “certeza de que o público internacional também irá rever Portugal e identificar-se com o espetáculo”.

Jornal Comunidades Lusófonas
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