O MH-1, criado no CEiiA, em Matosinhos, é o segundo satélite português no espaço, 30 anos depois do PoSat-1, (entretanto desativado), foi lançado esta segunda-feira, dia 4 de março, o MH-1, a bordo de um foguetão da Space X, que descolou de uma base na Califórnia, nos Estados Unidos, pelas 22h05, hora portuguesa. É o único satélite português ativo em órbita.
“O MH-1 é um nanossatélite de 4,5 quilos, criado no Norte, no CEiiA, e destinado a “vigiar” o Atlântico. O satélite observará a biodiversidade marinha e a evolução da temperatura marítima face às alterações climáticas, a 510km da superfície terrestre.”
Desenhado, feito e testado em Portugal, o MH-1 emitirá informações que serão recebidas pelo centro de comando na Ilha de Santa Maria, nos Açores, e tratadas no CEiiA, em Matosinhos.
O Presidente da CCDR-NORTE, António M. Cunha, que marcou presença no evento de acompanhamento do lançamento do satélite, no CEiiA, referindo a tendência “de democratização do acesso ao espaço, com a multiplicação de soluções de lançadores e de diferentes tipos de satélites”, alertando que “a produção de componentes e de software para estes equipamentos, bem como a valorização da informação por eles produzida, cria oportunidades que o Norte industrial pode e deve aproveitar”.
António M. Cunha reiterou ainda “o empenho da CCDR-NORTE na indispensável concertação de atores em torno deste objetivo da Região”.
A ideia deste projeto nasceu com o projeto “Aeros”, que avançou em 2020 pela mão do CEiiA, em parceria com o norte-americano MIT, a quem se juntou também a empresa Thales Edisoft, contando com o contributo das universidades do Algarve, do Minho, do Porto e do Técnico, entre outras entidades.
O investimento foi de 2,78 Milhões de Euros, cofinanciado em 1,88 Milhões por fundos europeus.