A Europa, mais concretamente França e Suíça continuam a ocupar o lugar de destaque dos países com o valor mais elevado de remessas. Esse valor concretizou-se em 2022 de 3.892,26 milhões de euros, que representa 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB), mais 21,7% do que em 2021, de acordo com os dados do Banco de Portugal. Na Suíça as remessas são de 1.040,12 milhões de euros, e da França são 1.081,63 milhões de euros.
O Banco de Portugal identifica os países com o maior volume de transferências para Portugal, como o Reino Unido com 417,24 milhões, que teve um decréscimo em relação a 2021. Angola (308,63 milhões), teve um aumento em relação ao ano 2021. Os Estados Unidos da América com 245,26 milhões. A Alemanha, que teve um aumento de mais de 12 milhões, 235,83 milhões, Espanha com 122,45 milhões, que teve um ligeiro decréscimo. Luxemburgo com 98,14 milhões, um aumento de quase três milhões. A Bélgica, também teve um aumento de três milhões, 61,42 milhões e por fim os Países Baixos, que tiveram um aumento de quatro milhões, 48,98 milhões.
É de salientar que do Continente Africano, nomeadamente os Países dos PALOP houve um total de remessas, maioritariamente vindas de Angola a rondar os 308,63 milhões de euros, somando os países: Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé, um total de 317,04 milhões de euros, representando um acréscimo de 21, 69% face aos 260,5 milhões enviados em 2021. Deste valor, e como é habitual, a quase totalidade vem de Angola, o país africano mais procurado pelos portugueses que lá se encontram a trabalhar e a viver.
Em sentido oposto as remessas que tiveram maior expressão para o estrangeiro foram para o Brasil. Os trabalhadores brasileiros enviaram 259,48 milhões de euros, o que representa uma subida de 8,42% face aos 239,3 milhões enviados durante todo o ano de 2021. Contrastando as remessas vindas daquele país, contam com um total de 14,48 milhões enviados por trabalhadores portugueses.