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Quarta-feira - 22 Janeiro 2025

São Tomé e Príncipe, Angola e Guiné-Bissau já discursaram na Assembleia Geral das Nações Unidas e deixaram expostas as suas prioridades para os respetivos países

Destaques


ONU/Loey Felipe – O presidente são-tomense, Carlos Manuel Vila Nova, na Cúpula do Futuro

Presidente de são Tomé e Príncipe, apresentou iniciativa Conservation Trust Fund como pilar central para o desenvolvimento da economia azul e do ecoturismo; Carlos Manuel Vila Nova pediu maior inclusão e parcerias que garantam acesso a tecnologia e oportunidades digitais para jovens. O Presidente angolano, João Lourenço, discursou nesta segunda-feira na Cimeira do Futuro afirmando que é preciso colocar as pessoas mais pobres e vulneráveis no centro das ações; enfatizou a contribuição do Pacto do Futuro para aumentar participação de jovens e mulheres na tomada de decisões. O Ministro Carlos Pinto Pereira destacou a importância do multilateralismo e reforçou o compromisso de Guiné-Bissau com o desenvolvimento sustentável; pediu apoio da comunidade internacional para fortalecer instituições democráticas e garantir inclusão, especialmente dos jovens, nas decisões globais.

Fundo em São Tomé e Príncipe mira reposicionar natureza como ativo económico. Tendo como prioridade proteger o meio ambiente, São Tomé e Príncipe criou o Conservation Trust Fund, CTF.  A iniciativa pretende reposicionar a natureza do país como um “ativo económico estratégico”.

Discursando na Cúpula do Futuro, o presidente são-tomense, Carlos Manuel Vila Nova disse que a aposta na conservação visa reposicionar a natureza como “ativo económico” para impulsionar o desenvolvimento.

Pilar central para o desenvolvimento

“Como pequeno Estado insular em desenvolvimento enfrenta desafios relacionados ao acesso a fontes previsíveis de financiamento e à diversificação de economia. O CTF será financiado por compromissos de investidores e filantropia, além da facilitar trocas de divisa por adaptação climática. Este fundo permitirá a proteção de 30% % do nosso oceano, conforme estipulado pela Convenção sobre a Biodiversidade e será um pilar central para o desenvolvimento da nossa economia azul e do ecoturismo. O CFT não só protegerá a nossa biodiversidade, mas também criará oportunidades para nossas comunidades alicerçadas no valor intrínseco da nossa natureza.”

O país que também decidiu investir na emissão de créditos de carbono defende que a economia verde e proteção de marinhos e terrestres como estratégias centrais para o desenvolvimento sustentável.

O chefe de Estado de São Tomé e Príncipe defendeu ainda uma diplomacia multilateral eficaz para garantir a segurança das nações, num mundo que Carlos Manuel Vila Nova considera estar enfrentando desafios complexos.

Cooperação internacional

Na sessão, o líder reafirmou o compromisso com esforços de cooperação internacional pelo avanço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e apontou a necessidade de abrangência em campos como a revolução digital.

O presidente considera que o fosso digital continua a ampliar as desigualdades, especialmente em países em desenvolvimento. Vê o fortalecimento da digitalização como oportunidade para capacitar jovens e promover o crescimento da economia.

Para uma maior inclusão, Carlos Manuel Vila Nova pediu parcerias que garantam um acesso inclusivo a tecnologias e oportunidades digitais.



Angola afirma que erradicação da pobreza deve ser prioridade global

ONU/Loey Felipe – Presidente de Angola discursa na Cimeira do Futuro

Em discurso no segundo dia da Cimeira do Futuro, nesta segunda-feira, 23 de setembro, o presidente de Angola pediu a intensificação da luta para “erradicar a pobreza em todas as suas formas e dimensões”.

João Lourenço afirmou que este é “o maior desafio global do nosso tempo e um requisito indispensável para alcançar o desenvolvimento sustentável”.

Pessoas mais pobres no centro das ações

O líder angolano fez um apelo por um mundo com oportunidades sejam distribuídas de forma equitativa e por uma reforma financeira que ajude os países em desenvolvimento.

“A República de Angola defende que não é possível construir-se um mundo equilibrado, seguro e sustentável, em que a dignidade e o acesso às oportunidades, sejam um benefício exclusivo de um pequeno grupo de privilegiados, em detrimento da maioria da população mundial. Defendemos igualmente a necessidade de se alcançarem consensos sobre a reforma da arquitetura financeira mundial e da arquitetura da dívida soberana mundial, sendo isso crucial para que tenhamos um sistema financeiro internacional mais justo e capaz de servir também os interesses dos países em desenvolvimento.”.

Segundo ele, não será possível concretizar as ambições comuns para o futuro e “sem colocar as pessoas mais pobres e vulneráveis no centro das ações e garantindo que nenhum ser humano ou país é deixado para trás”.

Maior participação de jovens e mulheres

Para Lourenço, na implementação deste roteiro global, a juventude e as mulheres não podem ser deixadas de fora, pois são “motores vitais de transformação e modernização da humanidade”.

O presidente de Angola afirmou que o Pacto para o Futuro oferece uma oportunidade para uma “participação mais ativa, significativa e atuante dos jovens e das mulheres na tomada de decisões a todos os níveis”.

Segundo ele, a adoção do pacto representa “um verdadeiro ponto de viragem” para uma abordagem mais dinâmica, comprometida, engajada e assertiva de questões importantes para a humanidade”.

O líder angolano disse ainda que no domínio da paz e segurança, é necessária a “evolução para uma arquitetura de paz em que o princípio da segurança partilhada seja defendido e protegido por todos de modo que nenhum cidadão, Estado, região ou zona geográfica, se sinta protegida à custa da insegurança de outros”.

Lourenço concluiu o seu discurso dizendo que espera que a Cimeira do Futuro contribua para que haja uma maior coordenação na governação económica global, tendo em vista a redução das desigualdades entre os Estados e a promoção de um desenvolvimento sustentável e sustentado.


Guiné-Bissau pede cooperação para garantir futuro de paz para próximas gerações na Cúpula do Futuro

ONU/Loey Felipe – O ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades da Guiné-Bissau, Carlos Pinto Pereira, representou o país africano na Cimeira do Futuro no domingo

“As decisões que tomamos hoje terá impacto duradouro nas gerações futuras”. A afirmação é do ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades da Guiné-Bissau, Carlos Pinto Pereira. Ele representou o país africano na Cimeira do Futuro este domingo, dia 22 setembro.

A diplomacia guineense afirmou que o evento é uma plataforma essencial para renovar o compromisso com o multilateralismo e avanço nas metas globais.

Fortalecer instituições democráticas

Pereira citou desafios do seu país, como pobreza, insegurança alimentar e impacto das mudanças do clima, e destacou a importância do apoio internacional para alcançar as metas.

“Devemos garantir que ninguém seja deixado para trás e que todos os países, independentemente do seu tamanho ou riqueza, tenham uma voz igual nas decisões que afetam o nosso futuro comum. A Guiné-Bissau está comprometida em fazer a sua parte. Estamos a trabalhar arduamente para fortalecer as nossas instituições democráticas, promover a paz e a estabilidade e implementar políticas que promovam o desenvolvimento sustentável. No entanto, reconhecemos que não podemos fazer isso sozinhos. Precisamos de um apoio contínuo da comunidade internacional e das Nações Unidas para alcançar os nossos objetivos.”

Carlos Pinto Pereira destacou a prioridade na educação como base de construção de um futuro equitativo e pediu inclusão de jovens na tomada de decisões para promover o desenvolvimento.

Futuras gerações

Para o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, devem ser adotas políticas que promovam sustentabilidade ambiental, social e económica para garantir que as novas gerações possam viver num mundo de “paz, prosperidade e justiça”.

No evento que adotou o Pacto do Futuro, que conta com uma Declaração sobre Futuras Gerações, Pereira disse ser imperativa a reforma de governança global, adicionando que o evento deve ser um ponto de virada para implementação de medidas concretas para tornar instituições mais inclusivas, representativas e eficazes sem que ninguém seja esquecido.

A Cimeira do Futuro encerra nesta segunda-feira e são esperados os discursos de Angola e Portugal entre os lusófonos. Entre outras participações aguardadas estão do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e do chefe de governo da Espanha, Pedro Castejón.

Jornal Comunidades Lusófonas
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