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Sábado - 19 Julho 2025

Se a Revolução contasse o seu Fado – Homenagem aos Capitães de Abril

Destaques

3. Capítulo

Crente Coração por trás dos Estores

Por vezes – pequenas autobiográficas Cenas contam as mais belas Histórias da Humanidade, que nem a Fantasia consegue imaginar, porque oferecem uma exclusiva Beleza que inspira a Poesia na História do Mundo. Beleza que constrói Caminhos da Vida, onde modestas Decisões, porque a Consciência as define, se transformam em Heróicas Convicções, a fim de alterarem o Porvir.

Existem Frases que com poucas Palavras contam o Ser de uma Era ou da Filosofia de Históricas Palavras. Não somente as / os Ilustres Heroínas e Heróis escrevem a História do Mundo. Também as / os Silenciosas/os Personalidades, que nem sempre entram nos Livros Académicos influenciam a Vida da Humanidade. No Presente caso a Homenagem é dirigida a uma Heroína, que dedicou Sua Vida contra o Esquecimento de quem lutou contra a Ditadura e na Noite de 24/25 de Abril decidiu desafiar não somente a Ditadura, mas sim o Destino da Nação.

Coração a Bater por trás dos Estores” viu a Coluna Militar sair de Santarém a caminho de Lisboa para a Conquista de uma Nova Era:

“Lá no prédio vivia mais um capitão que também saiu, que ocupou o Banco de Portugal, e havia outro, mas que por acaso nessa altura estava em Angola. E então, havia sempre um PIDE lá na rua e, portanto eu não subi o estore, espreitei pelos buraquinhos para ver a avenida”.

(Natércia Maia)

Do “Coração a bater” a Revolução passava para a citação do inesquecível Discurso do Eterno Capitão Salgueiro Maia:

“Meus Senhores,

como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados socialistas, os estados capitalistas e o estado a que isto chegou. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!”

Por trás dos Estores Coração a Bater –

A Prece da Tocha da Coragem

Homenagem à Exma. Senhora D. Natércia Maia

Olhei para a Janela.

A Ditadura de Sentinela.

Oprimido o Pensar.

Sem Asas para voar.

Acordei de Madrugada.

Hesitei – Trovoada?

Por trás dos Estores contemplei.

Em Silêncio guardei.

Beja e Caldas da Rainha:

“A Tocha da Coragem caminha?”

A Esperança como Fénix renasceu.

Lentamente a Noite amanheceu.

Os Estores levantei.

A Ditadura não encontrei.

Ao longo do Dia a Mensagem.

Gloriosa a Coragem.

Recordando os Estores – Coração a falar:

Cravo Encarnado –

Seu Fado – na História – para sempre ficar.

Contra o Esquecimento lutar.

Da Coragem do “Capitão sem Medo” contar.

FIM

Isalita Pereira

Jornal Comunidades Lusófonas
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