3. Capítulo
Crente Coração por trás dos Estores
Por vezes – pequenas autobiográficas Cenas contam as mais belas Histórias da Humanidade, que nem a Fantasia consegue imaginar, porque oferecem uma exclusiva Beleza que inspira a Poesia na História do Mundo. Beleza que constrói Caminhos da Vida, onde modestas Decisões, porque a Consciência as define, se transformam em Heróicas Convicções, a fim de alterarem o Porvir.
Existem Frases que com poucas Palavras contam o Ser de uma Era ou da Filosofia de Históricas Palavras. Não somente as / os Ilustres Heroínas e Heróis escrevem a História do Mundo. Também as / os Silenciosas/os Personalidades, que nem sempre entram nos Livros Académicos influenciam a Vida da Humanidade. No Presente caso a Homenagem é dirigida a uma Heroína, que dedicou Sua Vida contra o Esquecimento de quem lutou contra a Ditadura e na Noite de 24/25 de Abril decidiu desafiar não somente a Ditadura, mas sim o Destino da Nação.
“Coração a Bater por trás dos Estores” viu a Coluna Militar sair de Santarém a caminho de Lisboa para a Conquista de uma Nova Era:
“Lá no prédio vivia mais um capitão que também saiu, que ocupou o Banco de Portugal, e havia outro, mas que por acaso nessa altura estava em Angola. E então, havia sempre um PIDE lá na rua e, portanto eu não subi o estore, espreitei pelos buraquinhos para ver a avenida”.
(Natércia Maia)
Do “Coração a bater” a Revolução passava para a citação do inesquecível Discurso do Eterno Capitão Salgueiro Maia:
“Meus Senhores,
como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados socialistas, os estados capitalistas e o estado a que isto chegou. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!”
Por trás dos Estores Coração a Bater –
A Prece da Tocha da Coragem
Homenagem à Exma. Senhora D. Natércia Maia
Olhei para a Janela.
A Ditadura de Sentinela.
Oprimido o Pensar.
Sem Asas para voar.
Acordei de Madrugada.
Hesitei – Trovoada?
Por trás dos Estores contemplei.
Em Silêncio guardei.
Beja e Caldas da Rainha:
“A Tocha da Coragem caminha?”
A Esperança como Fénix renasceu.
Lentamente a Noite amanheceu.
Os Estores levantei.
A Ditadura não encontrei.
Ao longo do Dia a Mensagem.
Gloriosa a Coragem.
Recordando os Estores – Coração a falar:
Cravo Encarnado –
Seu Fado – na História – para sempre ficar.
Contra o Esquecimento lutar.
Da Coragem do “Capitão sem Medo” contar.
FIM
Isalita Pereira