4. Capítulo
Destino ou Coincidência – Enigmas da Vida
A seguir historiava acontecimentos que se descrevem como Destino, Coincidência ou Poesia da História?
A Revolução pensativa navegava no Mapa de Santarém para a Figueira da Foz, onde a Certeza da Confiança deu origem a Revolução começar antes das Senhas serem lançadas. Será que a Revolução contava que o Passado foi um bom Conselheiro ao deterem o Comandante, para os acontecimentos de Beja e Caldas não se repetirem?
Ao mesmo tempo com um pequeno ar de riso mencionava o Semáforo Encarnado. Quase como uma Última Chamada de Atenção: Rendição ou Revolução? Muito Caminho andado. Tarde de mais para recuarem. Talvez um momento em que a Revolução ficasse pensativa até chegar à corajosa Cena do Lenço Branco.
Qual pensamento seria apresentado? – A Verdade: não foi um Ato de Rendição, mas sim de elevada Coragem. Capitães de Abril, tão Jovens perante uma severa Responsabilidade, decidiram, que, se lutavam contra o fim da Guerra Colonial, não deviam transferir o Campo de Batalha para Portugal. Por conseguinte, o Movimento das Forças Armadas enfrentou a Ordem de Fogo com a Palavra do Diálogo. Decisivos para comprovarem que como Militares não estavam a “desobedecer”, mas sim a resistir para defender a Pátria. Defenderam com Seriedade e Dignidade.
E a Revolução orgulhosa elogiava como os sublinhados Valores também estiveram Presentes por intermédio de outro Herói do Passado: Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches, o corajoso Cônsul de Bordéus. Na Coluna Militar de Santarém seguiu o Descendente Francisco Sousa Mendes, Neto do respeitado Diplomata. Diplomacia e Militares uma Frente, que a Ditadura não conseguiu vencer. Diplomática Caneta e Espingarda com Cravo – Dois Corajosos Fados. Em Vida não se encontraram, mas a História da Humanidade os consagrou para sempre na Galeria dos Heróis.
Ao ser entrevistada a Revolução recordava a Assinatura, que salvou Vidas, e segurava um Cravo Encarnado, que contemplava de forma enigmática. Ao perguntar o “Porquê?” – respondia, que a História escreve Poesia para qual somente Deus Senhor conhece a Resposta da Razão:
Relembrava o Pequeno Cravo de Tavira, que atravessou a Terra onde nasceu o “Movimento dos Capitães”. Sem saber que o seu Destino era ser a Flor da Revolução – o Cravo do 25 de Abril.
Com um sorriso de Revolucionária Sábia mencionava que um Restaurante que não abriu e a falta de um Cigarro deram origem à oferta de um Cravo, que o Soldado colocou no Cano da Espingarda. Por um Dia uma Senhora, D. Celeste Martins Caeiro, foi a Florista da Gloriosa Revolta. Revolução dos Cravos nasceu e ao Mundo a História dos Heróis Lusitanos ofereceu.
A Caneta da Diplomacia e o Lenço Branco da Revolução
Heróis de Portugal –
Proféticas Palavras pronunciaram.
Somente no Futuro – seu Valor revelaram.
No Mapa dos Heróis a brilhar:
Castelo de Vide,
Cabanas de Viriato –
Seus Fados a contar:
De Cabanas de Viriato para Bordéus viajou a Coragem.
“Vou salva-los todos!” – Histórica Mensagem.
De Castelo de Vide para Lisboa:
“Acabar com isto!” – a História coroa.
Entre Solidão e Desobediência –
Venceu a Consciência.
A favor do Bem lutaram.
Suas Vidas arriscaram.
Diplomata e Militar –
Vidas decidiram salvar.
Cônsul e Capitão –
Com Consciência e Coração.
A Desobediência escolheram.
A Ditadura enfrentaram.
O Saber do Perigo perante a Ditadura.
Defender a Humanidade – a Leitura.
Confiantes o Diálogo procuraram.
Caneta e Lenço Branco escolheram.
Conheciam as consequências.
Porém –
À Justiça apresentaram reverências.
Com persistência e humildade –
Defenderam a verdade.
Caneta, tinta e papel –
Ao seu Fado fiel.
Chaimite e Espingarda –
Orgulho no Poder da Farda.
Quando a Coluna de Santarém partiu –
O Herói do Passado também seguiu.
Presente a Descendência –
Idêntica consciência:
Francisco Sousa Mendes.
De Madrugada a Lisboa chegaram.
Com Sirenes para o Terreiro do Paço avançaram.
A Coragem a guiar.
Liberdade –
Conseguiram conquistar.
Histórico Legado –
Ao Futuro consagrado:
Recordar é viver.
Em Vida não se encontraram.
Porém –
Mesma Data para a Eternidade conheceram.
Eterno Capitão –
Eternidade na Terra Natal.
Ilustre Diplomata –
Para sempre no Panteão Nacional.
O Destino escolheu –
O Inimigo temeu.
A História escreveu.
O Imperativo venceu:
“Vidas e Liberdade salvar!”
Hoje –
Jamais esquecidos.
Para sempre –
Na História reconhecidos.
FIM
Isalita Pereira