Na semana passada, foi anunciado na página do Consulado-Geral de Portugal em Nova Iorque, e representado pelo Técnico Superior, Nuno Gonçalves, que a empresa de arquitetura e design Dell Anno, “tem organizado regularmente em Nova Iorque iniciativas dando a conhecer arquitetos de renome de vários países. Realizou-se um evento de homenagem a Álvaro Siza Vieira, no famoso Tribeca Grill, propriedade do ator Robert de Niro.”
A antestreia do documentário sobre o arquiteto português, produzido pelo cineasta brasileiro Augusto Custódio. Estará em exibição ao público no MoMA The Museum if Modern Art, durante o mês de fevereiro.
O documentário retrata bem a vida e obra de Siza, incluindo testemunho de familiares do arquiteto, destacando algumas das suas obras mais emblemáticas, como as piscinas de Leça da Palmeira, o Museu Iberê Camargo em Porto Alegre e a Casa de Chá da Boa Nova, referenciando alguns dos seus prémios, desde logo o Pritzker (1992) e o Leão de Ouro na 13ª Edição Bienal de Veneza (2012).
Numa breve entrevista, que o Jornal comunidades fez ao Arquiteto Álvaro Siza Vieira, a este respeito, referiu que está “muito sensibilizado”, e é com “muito gosto que sou informado de que o filme de Augusto Custódio, a quem felicita, vai estar patente no MoMA de Nova Iorque. Referindo também que infelizmente não vai poder ir a Nova Iorque, e “julgo que nunca mais poderei ir, devido a problemas de cervical e a idade”.
Menciona o mesmo, que o seu trabalho “e o de qualquer arquiteto” é influenciado – e muito – por viajar e ver (não só olhar) a “Arquitetura feita por outros arquitetos, vivos ou mortos. E simultaneamente pelo contacto direto com outra gente e outras culturas.”
O Estilo arquitetónico que mais se identifica e trabalha, é o estilo contemporâneo, mas atento a outros tempos, “ao passado e aos presentes criadores”.
No que se refere à reforma, não quer nem pensar. Continuará a trabalhar enquanto possível, “e trabalhar é estar vivo”, diz Siza Vieira.
Quando indagado à arquitetura em Portugal, considera que “como em toda a parte há boa, assim, assim, e má. E há várias tendências em confronto.
A mensagem que deixa, é, a existir alguma que sobreviva, “só poderei resultar do que construa e do que comunique.”
Nas próximas semanas o Jornal Comunidades vai publicar uma reportagem realizada em outubro do ano passado, em que Siza Vieira fala da sua vida e obra.