Espero, sempre espero
Pelo tempo do almoço, da ida para casa,
Da hora de deitar,
Apenas aguardo,
Como se o além tempo eu quisesse alcançar,
Como se no vai-vem do nascer e pôr,
Do dar e tirar,
Alguma sobreconsciência pudesse enxergar.
E o tempo, indiferente,
Como a realidade que corre e se esmorece
Nessa copa enquanto como
Deixo mirrar,
Terei ouro, terei incenso?
Terei algo… Para a mim me chamar?
Pedro Miguel Santos