No menu items!
17.1 C
Vila Nova de Gaia
Quinta-feira - 15 Maio 2025

D. Tina não tem mãos a medir

Destaques

Uma pequena placa chamou-nos à atenção, era uma fábrica de enchidos. Tocámos à campainha mas ninguém nos atendeu. Tinha o número e ligámos. “Pretendemos comprar enchidos, estamos aqui em frente à porta”. Uns segundos depois aparece D. Tina, depois de uma breve conversa, foi-nos mostrar a fábrica, com os enchidos em vinho e alhos e os já feitos, pendurados, no processo de secagem. Ficámos rendidos, levamos alguns, e a conversa continuou.

Fátima Pereira, mais conhecida por Tina, em Baião, começou a atividade do fumeiro há muitos anos. O negócio vem “dos tempos dos pais do meu marido, faziam comércio de carnes e fumeiros, e nós seguimos-lhe os passos.” A fábrica existe há 32 anos, e depois em 1991, foi sofrendo algumas alterações, em 2010 e em 2021 fizeram as obras mais recentes.

No início, “vendíamos o fumeiro por aqui pelas redondezas”. Também ainda não eram muito conhecidos. Mas com o passar do tempo e palavra puxa palavra e o fumeiro de D. Tina começou a ficar mais conhecido e o negócio começou a prosperar. “Antes vendíamos mais por aqui, mas agora até para o estrangeiro vendemos”. Disse orgulhosa D. Tina.

Pelas redondezas há pessoas que vêm comprar em quantidades grandes e “vendem nos seus comércios tradicionais, e em pequenos comércios. Até para Lisboa vendemos muito. Para a restauração, e para consumo caseiro”. A casa de Baião no Porto também vendem lá os nossos produtos.

Em 1991 “decidimos por isto como deve de ser, ter uma pequena fábrica de enchidos”, com todo o processo de produção, há uma sala para as carnes em vinhos de alho, os chouriços, a zona de cura com lanha a arder que faz o fumo para curar os enchidos. E alguns presuntos, “mas não são muitos porque não é o nosso forte.”

Assim que entrámos na pequena fábrica já sentiamos o cheiro do fumeiro.

“Vendemos de Norte a Sul do país, temos sempre muitas encomendas. Para o estrangeiro os países que exportamos é para Suíça e Bélgica, França, também enviamos para Espanha, mas só trabalhamos com o estrangeiro depois de 1991”.

“Está tudo certificado e regulamentado conforme as regras nacionais e da União Europeia”. Refere D. Tina.

Nas férias do verão os emigrantes compram muitos enchidos, para matar as saudades.

Também “fazemos feiras, e temos o presunto que tem cura de um ano”. Os enchidos é que saem mais. “Temos alheiras de carne de porco e outras carnes, chouriços, e alheiras de aves (galinha e peru)”, e “há pouco tempo, uns quatro anos começámos a fazer alheiras de legumes, que têm muita saída”, leva cogumelos e outros legumes, não deixando revelar o segredo. “Vendemos mais ao fim de semana, e durante a semana é para produzir.”

Ver Também

Portugal coloca debate sobre IA na Cultura na agenda da União Europeia

Em comunicado de imprensa, Portugal levou ao Conselho de Ministros da Cultura da União Europeia, no dia 13 de...