ONU/Eskinder Debebe António Guterres exorta todas as partes a exercerem a máxima contenção
O secretário-geral das Nações Unidas emitiu uma declaração na sequência dos ataques da noite de sábado do Irão contra Israel. António Guterres condena veementemente “a grave escalada representada pelo ataque em grande escala com o lançamento”, ao apelar pelo “fim imediato dos confrontos”. Hoje dia 14 de abril, o Conselho de Segurança da ONU realiza uma sessão na sequência dos atos.
Vários projéteis lançados
Segundo as Nações Unidas, as agências de notícias, as autoridades do Irão “teriam falado de uma resposta em retaliação pelo ataque israelita da semana passada a um complexo da embaixada iraniana na Síria.”
Durante a noite, vários projéteis foram lançados dentro do Irão e estima-se que sejam “mais de 200”, de acordo com os relatos das agências de notícias. O porta-voz das Forças de Defesa de Israel falou de 200 drones e vários misseis.
O líder das Nações Unidas disse estar “profundamente alarmado com o perigo muito real de uma escalada arrasadora em toda a região”.
No comunicado, Guterres exorta todas as partes “a exercerem a máxima contenção para evitar qualquer ação que possa levar a grandes confrontos militares em múltiplas frentes no Médio Oriente”.
O secretário-geral lembra que “tem sublinhado de forma repetida que nem a região nem o mundo podem permitir-se a outra guerra.”
Situação de paz e segurança no Médio Oriente
Para o presidente da Assembleia Geral, Dennis Francis, “a resposta iraniana agrava a já tensa e delicada situação de paz e segurança no Médio Oriente”.
Reiterou o apelo a todas as partes para que exerçam a máxima moderação destacando que este “é um momento que exige um julgamento sábio e prudente, em que os riscos e os perigos amplos sejam considerados com muito cuidado”.
Francis disse esperar que as “autoridades iranianas honrem a sua palavra de que, através da sua ação hoje, o assunto poderá ser considerado concluído”.
Para António Guterres, “um círculo vicioso de ataque e contra-ataque não levará a lado nenhum, mas inevitavelmente a mais mortes, sofrimento e miséria”. Remata o mesmo.
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