No menu items!
17 C
Vila Nova de Gaia
Terça-feira - 11 Novembro 2025

Uma Nova Hora repleta de Esperança – Fado da Biblioteca do Relógio da Vida

Destaques

Poesia e Prosa – “Monumentos e Estátuas de Palavras” (4. Parte)

Pegadas dos Poetas – Passeio como Viagem no Tempo (1. Parte)

Portugal não é somente o País dos Navegadores, Descobridores e Conquistadores do Mar e Terra, mas sim também Navegadores no Mundo das Letras, Descobridores de Composições de Palavras na Mente e de Conquistadores de Prosa e Poesia para a Memória Lusitana e Mundial. Da Memória para Homenagens em Pedra, Mármore, Aço… das Estátuas aos Monumentos e Museus. Do Minho ao Algarve até às Ilhas e por fim à Emigração nos Quatro Cantos do Mundo existe uma Literária-Poética Rosa dos Ventos, que realça a Existência da Prosa e Poesia transformada em Matéria.

Do Parque dos Poetas em Oeiras para o Passeio dos Poetas em Santa Cruz, Torres Vedras.

Oeiras e Torres Vedras pintam Quadros repletos de fascinantes Cores do Mar às Paisagens e entrelaçam com Palavras, que Poetas e Escritores “desenharam” para a Eternidade. A Recordação transformou as Composições de Letras em Matéria visível: das Estátuas aos Monumentos contam a Vida de quem outrora se deixou inspirar por a Esfera da Terra.

Como seria realizar o Passeio dos Poetas, encontrar ilustres Personalidades e trocar Palavras de Simpatia até à Sabedoria? Realizar uma Viagem ao Passado:

Chegar a um Monumento de Homenagem, se surpreender com a Aura da “Terra do Sol Nascente” e ser apresentado a Kazuo Dan (1912 -1976), Escritor-Poeta Japonês, que nos contava, que se encantou com o Sol Poente de Santa Cruz, seria no Presente uma Viagem no Tempo.

“Belo sol poente! Ah! Pudesse eu ir buscar-te Lá, ao fim do mar!” (Kazuo Dan)

Que interessante resposta, dado que sem demora um Sorriso de Humor encontra o Antónimo do Poético Encanto. Agradecíamos a simpatia de ter contado um pouco da Saudade da sua Pátria e da Poesia que encontrou em Santa Cruz.

Continuar o Passeio e junto ao seu respetivo Monumento ouvir um Discurso de um Professor fiel aos Princípios Republicanos e Democráticos, que ao mesmo tempo entrelaça seu Saber com Temas de Educação e nos faz esquecer o Tempo ao recitar Poemas. Ao ver Viajantes do Tempo João de Barros (1881-1960), que morreu na Era da Ditadura, sem viver a Revolução dos Cravos, deseja saber como continuou a História de Portugal. Decido descansar um pouco do Passeio e como Historiadora-Poeta, no meu Elemento das Históricas e Poéticas Letras, pinto um Quadro do Novo Portugal, que partilha sua Fascinação do Oceano Atlântico. Porém – apesar do Entusiasmo chega sempre o Momento da Despedida – no presente caso com Poéticas Palavras:

“Aquele mar …

nos longos, longos horizontes

em que se perdia meu olhar.

E a eternidade então ouvia

humano sonho sempre esquecido

na eterna voz que fala o mar.”

(João Barros)

Para continuar ….

Poesia do Mar –

O Mar e a Gaivota

Uma Gaivota à beira Mar.

Com Asas para voar.

Ouvia o Mar murmurar:

“Linha do Horizonte encontrar.

Aprecia majestosa Grandeza.

Contempla magnífica Beleza.

Vais ficar encantada.

Com minha História maravilhada.”

A pequena Gaivota o convite aceitou.

Para longe voou.

A Volta ao Mundo deu.

Todos os Mares percorreu.

Céu e Terra ficou a conhecer.

Adquiriu muito Saber.

Quando à sua Terra voltou.

Da sua Viagem contou.

Porém –

Ao Mar respondeu com tristeza:

“Apresentas Beleza e Grandeza.

Acontece –

Barcos para sempre afundaste.

Muitas Terras galgaste.

Para a Vida és Fonte.

Mas também Desaponte.

Perigosas Ondas conheci.

Muitas Lágrimas vi.

Queres maravilhar.

Também és de saudar.

Somente a ti és fiel.

Consegues ser cruel.

És adorado.

Muitas vezes odiado.

Do Tempo dependente.

Quando desejas surpreendente.

És poderoso.

Quem te subestimar – perigoso.

No Fundo guardas Segredos.

Porto Seguro – os Bem Fadados.

Encantas Terras –

Abraças Rochas.

Magnífica Fauna e Flora.

Com Valor – para a Mundo inspiradora.

Vida ofereces.

A Morte –

Quando enfureces.

És Céu e Inferno.

Do Glacial de Inverno

Ao Esplendor de Verão.

Apresentas bom Coração.

Mas também Desilusão.

Entre Claridade e Escuridão –

Encontra-se Inimigo e Guião.

Ondas a assombrar.

Naufragar ou chegar.

Ó Mar –

Bem- e Mal-me-quer.

Navegar? –

Cuidado requer.

Muito mais para contar.

Porém –

Não vale a pena continuar.

Entre Desespero e Felicidade –

Procuras tua Sherazade.

Não queres Solidão.

Mas sim – Consideração.

Para da tua Vida contar –

Que pretendes maravilhar.”

O Mar tristes Palavras suportou.

A Gaivota com Carinho falou:

“A Natureza –

Nem sempre se consegue vencer.

Contra a Solidão uma Amizade receber.”

Assim aconteceu –

Um Antigo Ditado se escreveu:

“Gaivotas em Terra,

Tempestade no Mar.”

Gaivota em Terra a voar –

Contra o Perigo avisar.

Para Vidas salvar –

Com amizade ao Mar ajudar.

Assim – não é para admirar –

Do Mar a Gaivota amar.

Uma lenda nasceu.

Porque –

Um Coração outro ofereceu.

FIM

Isalita Pereira

Jornal Comunidades Lusófonas
Ver Também

DESTAQUE: WebSummit Lisboa dá o pontapé de arranque

Começa hoje, 10 de novembro, mais uma edição do Websummit Lisboa 2025, espera-se casa cheia, as baias já estão...