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Quinta-feira - 15 Maio 2025

Vida e obra de Armanda Passos no seu octogésimo aniversário

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Fonte: Arquivo

Exposição de um óleo da artista na sua sede, no Campo Alegre, no Porto, que ficará em exibição durante um ano. No próximo dia 16 de fevereiro, sexta-feira, pelas 18h00, a CCDR NORTE, IP expõe um nome incontornável da arte portuguesa na véspera daquele que seria o seu 80.º aniversário.

A CCDR NORTE convidou a Câmara Municipal de Chaves ao empréstimo de um óleo que se encontrava em acervo desde a década de 90, permitindo assim a vocação da arte na sua fruição ao público, no Porto. A tela tinha sido doada, em 1997, por Armanda Passos, a este Município, após a exposição comemorativa do Dia de Portugal no Museu de Chaves.

O evento conta com a presença de António M. Cunha, Presidente da CCDR NORTE, IP, e de Nuno Vaz, Presidente da Câmara Municipal de Chaves e do Conselho Regional do Norte, com apresentação de Miguel Cadilhe e de Fabíola Passos.

Foi no Porto que Armanda Passos cresceu, estudou e se licenciou em Artes Plásticas pela Escola Superior de Belas Artes do Porto (atual Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto) com a classificação máxima de 19 valores. Por ocasião dos 50 anos, uma jornalista perguntou-lhe, “Se não vivesse no Porto, onde é que gostaria de viver?“. A resposta, publicada no catálogo da retrospetiva na Fundação Champalimaud em Lisboa, foi: “O Porto é o único sítio. É muito especial para mim, porque tem os cinzentos, o mar, a humidade, o rude e o amor ao mesmo tempo.”

A artista nunca abandonou o Porto para viver numa capital. Foi a cidade que escolheu para deixar um património artístico incomensurável, a cidade onde construiu um marco de arquitetura de Álvaro Siza – a “Casa Armanda Passos” – e é a cidade onde está sepultada.

Foi premiada pelo Ministério da Cultura, homenageada pela Universidade do Porto, condecorada com a Ordem de Mérito, homenageada postumamente pela Fundação Champalimaud, com uma monumental exposição, e condecorada com a Ordem Militar de Santiago de Espada, no Palácio Belém.

Autores como José Saramago, Eduardo Prado Coelho, Vasco Graça Moura, António Alçada Baptista, David Mourão-Ferreira, Lídia Jorge ou José-Augusto França, entre outros, escreveram sobre a sua obra, que se encontra exposta em instituições de grande relevância no País.

“Armanda Passos, munida da força de um imaginário portentoso e de uma originalidade criativa ímpar, é nome maior da arte portuguesa no Norte e no País. A sua obra é, desde os anos 70, um bastião de resiliência e de vanguarda. A artista criou um campo autoral inconfundível e contrapôs ao conservadorismo da época a presença do feminino e a coragem da cor e do animal. Cada quadro é tão identificável que lhe dispensaria assinatura. Mais do que uma extraordinária pintora, Armanda Passos é, acima de tudo, uma extraordinária criadora.”

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