Ontem, 11 de novembro teve inicio o Web Summit 2024, que completa este ano os seus quinze anos de existência. A romaria em
direção à entrada teve o início pelas 15 horas, e a afluência aumentava a cada minuto. Demorámos cerca de duas horas até que as portas do Meo Arena se abriram, o espaço estava quase vazio quando lá chegámos e pelas 17h30 estava praticamente completo. Meia hora depois a pontualidade fez-se presente e o complexo ficou repleto e pronto para mais uma edição.
Paddy Cosgrave, o Senhor Web Summit, fez as honras da casa às 18 horas em ponto quando o “show” começou. Tudo estava muito bem organizado, e pelo que se via não havia lugares vazios em todo o recinto. Temas como as alterações climáticas, o papel das mulheres e a Inteligência Artificial deram mote a debate por parte de alguns oradores.
Carlos Moedas fez a abertura oficial do evento, falou sobre a importância do Web Summit para lisboa e para Portugal, e informou que a cidade de Lisboa é a “Capital Europeia da Inovação”. Direcionou a sua palestra também às 40 empresas Unicórnio, que geram cerca de 40 mil postos de trabalho.
O Primeiro-Ministro de Portugal, Luís Montenegro, começou por fazer a sua intervenção em inglês e de repente começou a falar em Português, agradeceu a todos pela presença, e é nesta fase que entra em ação a inteligência artificial, com legendagem em simultâneo em inglês. São os “primeiros passos” da Inteligência artificial, a que alguns dos oradores em tom de graça disseram que os seus empregos estavam em vias de serem “roubados” pelas máquinas, dizendo mesmo que o melhor era mesmo dedicar-se à profissão de canalizador.
Luís Montenegro falou da importância da criação de postos de trabalho, da retenção de mão de obra qualificada e jovem em Portugal, “guerra à burocracia”, baixar os impostos, transição energética, e investimento na saúde. Tópicos imperativos em Portugal, mas não era o local mais indicado para discutir assuntos domésticos, pois não tiveram a sua profundidade merecida. Vendeu o seu “peixe” na era digital, e foi bastante aplaudido.
Destacou-se o momento da noite com o artista Norte-Americano Pharrel William, onde deu uma “lição” sobre o “Sonho Americano”, que deveria ser o sonho de todas as pessoas, não apenas pelo sucesso que se possa alcançar, mas sim o que temos de aprender com as lições que a vida nos dá. “O oceano é um conjunto de muitas gotinhas, de milhares de milhões de gotinhas de água, que todas em conjunto conseguem fazer ondas, de todos os tipos”, observa o mesmo.
Também falou sobre a importância em conhecermo-nos melhor por dentro, pois essa será, e é a maior riqueza que “podemos ter”. Teve um discurso muito “filosófico”, ao estilo de Pharrel, com muita substância. Também falou sobre temas quentes como é o caso da discriminação racial e das assimetrias na sociedade, no seu conjunto. “The fire is in Human Beings”, termina o artista.